As doenças cardíacas, também conhecidas como doenças cardiovasculares, abrangem uma ampla gama de condições que afetam o coração e os vasos sanguíneos, podendo se manifestar de diversas formas. No Brasil, estima-se que elas tenham sido responsáveis por aproximadamente 400 mil mortes em 2022, o equivalente a cerca de 30% dos óbitos no país naquele ano. Além disso, globalmente, as doenças cardiovasculares, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca, também prevalecem, sendo responsáveis por um número significativo de mortes.
Fatores de risco como hipertensão, colesterol alto, obesidade, tabagismo, falta de exercício físico e a má alimentação são conhecidos por contribuir para o desenvolvimento dessas doenças. ” A alimentação desempenha um papel crucial tanto na prevenção quanto no manejo dessas condições. Alguns alimentos são benéficos e podem melhorar a função cardíaca, enquanto outros podem aumentar o risco de problemas cardíacos”, explica Priscila Bernardes, coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Newton Paiva.
A seguir, a especialista lista 5 dicas para melhorar a saúde e prevenir doenças cardíacas. Confira!
1. Adicione fibras na dieta
Os alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, grãos e legumes, são recomendados para a saúde do coração. Eles ajudam a reduzir os níveis de colesterol no sangue e a promover a saciedade, auxiliando na manutenção do peso. Além disso, são fontes de antioxidantes, que combatem a inflamação e protegem as células do coração.
“O consumo de frutas, legumes e vegetais está associado com a menor incidência e mortalidade por doenças cardíacas e seus fatores de risco, como obesidade e diabetes tipo II”, destaca Priscila Bernardes.
2. Aumente o consumo de peixes
Os peixes gordurosos, como salmão e sardinha, são excelentes fontes de ácidos graxos e ômega 3, conhecidos por seus efeitos benéficos na saúde cardiovascular. O consumo regular desses peixes pode ajudar a reduzir a pressão arterial, diminuir os triglicerídeos no sangue e retardar o desenvolvimento de placas nas artérias.
“Para evitar as doenças cardíacas, aumente o consumo de gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas. Estes tipos de gorduras podem ser encontrados no azeite, peixes, castanhas e nozes”, afirma a especialista.
3. Evite gorduras ruins
Por outro lado, alimentos ricos em gorduras saturadas, trans e colesterol podem ser prejudiciais à saúde do coração. Carnes vermelhas, laticínios integrais e alimentos processados ou fritos devem ser consumidos com moderação. Essa alimentação pode contribuir para o acúmulo de placas nas artérias, contribuindo para doenças cardíacas.
4. Fique atento ao sódio
O sal é outro vilão para quem busca saúde. O consumo excessivo de sal está associado à hipertensão, que é um importante fator de risco para doenças cardíacas. A recomendação é limitar a ingestão de alimentos altamente processados e fast food, que frequentemente contêm altos níveis de sódio.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pessoa adulta deve consumir diariamente menos de 5 gramas de sal. “Adicione sal somente durante o preparo dos alimentos. Para temperar a comida, vale caprichar em temperos naturais, em substituição ou diminuição do sal, como orégano, salsinha, cebolinha e manjericão”, pontua a especialista.
5. Pratique atividades físicas
Além da dieta, o estilo de vida desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças cardíacas. A prática regular de atividades físicas, a manutenção de um peso saudável, não fumar e o controlar o estresse são medidas essenciais para a saúde do coração. Juntos, dieta e estilo de vida podem não apenas prevenir, mas também controlar as doenças cardíacas e melhorar a qualidade de vida.
6. Vá ao médico periodicamente
Por fim, é importante lembrar que, embora a dieta e o estilo de vida sejam fundamentais para a saúde cardiovascular, pessoas com risco elevado de doenças cardíacas devem buscar acompanhamento médico regular. “O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são cruciais para o manejo eficaz das doenças cardíacas e podem significar a diferença entre a vida e a morte”, finaliza Priscila Bernardes.
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