Iniciou nesta segunda-feira, 25, o treinamento em Diagnóstico, Tratamento e Avaliação Neurológica Simplificada como Indutora de Condutas para Hanseníase, promovida pela Sesau (Secretaria de Saúde), em parceria com o Ministério da Saúde.
O primeiro dia do evento reuniu profissionais de mais de 80% dos municípios de Roraima e dos DSEIs Leste e Yanomami no auditório da UERR (Universidade Estadual de Roraima), com programação voltada para a parte teórica.
“A hanseníase é uma doença crônica e de evolução lenta. Muitas vezes o paciente chega com sintomas muito discretos. Então, é essencial que os profissionais de saúde tenham expertise e conhecimento para conseguir fazer esse diagnóstico de forma precoce”, afirmou a gerente do Núcleo de Controle da Hanseníase da Sesau, Keiciane Matos.
A partir desta terça-feira, 26, a programação será prática, com atendimentos de demanda livre na Policlínica Coronel Mota, onde os profissionais, juntamente com o Ministério da Saúde, farão consultas e exames em pacientes da comunidade que apresentarem suspeita da doença. O treinamento segue até o dia 29 de agosto, com aulas teóricas e práticas.
Os atendimentos para avaliação de hanseníase nesta semana serão no horário de 8h às 12h e de 14h às 17h. As consultas serão previamente agendadas, no mesmo horário, e as vagas são limitadas, por isso é importante que quem apresentar manchas sem sensibilidade ou outros sinais suspeitos procure a unidade o quanto antes para garantir atendimento.
“A prática é essencial para uma doença como a hanseníase, que tem suas particularidades e complexidades. Nada melhor do que o contato direto com os pacientes para que os profissionais possam melhorar e aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos na parte teórica”, reforçou Keiciane.
Para a médica da família e comunidade, da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Mecejana em Boa Vista, Rebeca Quaiato, a expectativa é de que o treinamento contribua para diagnósticos mais assertivos e precoces, reduzindo complicações e estigmas sociais.
“Esse tema é muito importante, porque precisamos trazer em evidência um problema de saúde que ainda acomete a nossa população. A parte teórica ajuda a atualizar os profissionais e reforçar o olhar clínico, mas acredito que a prática será essencial para aprendermos a identificar, tratar e minimizar os danos. A hanseníase tem cura, e o diagnóstico precoce é fundamental para diminuir complicações e evitar o estigma social”, ressaltou Rebeca.
SECOM RORAIMA
JORNALISTA: Suyanne Sá
FOTOGRAFIA: Ascom/Sesau