· 20 de outubro é o Dia Mundial da Osteoporose
· “Cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil convivem com a osteoporose”, aponta Ministério da Saúde
A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da densidade mineral óssea e pela deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, o que aumenta significativamente o risco de fraturas. De evolução silenciosa, ela costuma ser diagnosticada apenas após a ocorrência de uma fratura, tornando o acompanhamento preventivo essencial para a saúde.
Segundo dados da Internacional Osteoporosis Fonundation (IOF), uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens com mais de 50 anos sofrerão fraturas osteoporóticas ao longo da vida. As regiões mais afetadas são a coluna vertebral, o fêmur e o punho, podendo gerar graves consequências para a qualidade de vida e a independência do paciente.
Fatores de risco e prevenção
A osteoporose é influenciada por diversos fatores, entre eles o envelhecimento, a predisposição genética, o sedentarismo, o baixo consumo de cálcio e vitamina D, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. Mulheres no período pós-menopausa estão particularmente suscetíveis devido à redução dos níveis de estrogênio, hormônio que desempenha papel fundamental na manutenção da saúde óssea.
De acordo com dados recentes do Ministério da Saúde (2023 e 2025), cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil convivem com a osteoporose, doença que provoca a fragilidade dos ossos. Embora silenciosa, a osteoporose causa aproximadamente 200 mil mortes por ano e é a principal responsável por fraturas em idosos e mulheres na menopausa.
A prevenção da osteoporose começa na infância e deve se estender por toda a vida. A adoção de hábitos saudáveis, como uma dieta rica em cálcio e vitamina D, a prática regular de exercícios físicos — especialmente aqueles que promovem impacto e fortalecimento muscular —, a exposição moderada ao sol e a cessação do tabagismo são medidas eficazes para reduzir o risco de desenvolvimento da doença.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da osteoporose é feito, principalmente, por meio da densitometria óssea, exame que avalia a densidade mineral dos ossos. Pessoas com fatores de risco ou histórico familiar da doença devem conversar com um médico para a realização do exame e o acompanhamento adequado.
O tratamento pode envolver suplementação de cálcio e vitamina D, medicamentos que aumentam a densidade óssea e a indicação de atividades físicas específicas. A orientação médica é fundamental para definir a melhor abordagem em cada caso, bem como para monitorar possíveis efeitos adversos.
Importância da conscientização
Com o aumento da expectativa de vida, cuidar da saúde dos ossos tornou-se, mais do que nunca, um investimento essencial em qualidade de vida, bem-estar e autonomia. À medida que a população envelhece, cresce também a necessidade de adotar medidas preventivas que garantam a manutenção da força, da mobilidade e da independência ao longo dos anos.
Manter-se informado sobre a importância da saúde óssea, adotar hábitos de vida saudáveis — como uma alimentação equilibrada, rica em cálcio e vitamina D, a prática regular de atividades físicas e a exposição moderada ao sol — e realizar exames de rotina são atitudes fundamentais para preservar a estrutura óssea e prevenir doenças como a osteoporose. Cuidar dos ossos é, portanto, cuidar do futuro, assegurando mais vitalidade, segurança e qualidade de vida em todas as fases da existência.
Sobre o Dr. Maurício Leite – (CRM 15622 e RQE 3850/3850). Ortopedista Cirurgião de Mão e Punho. Atua com técnicas inovadoras no tratamento de fraturas. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Membro da Sociedade Americana de Cirurgiões Ortopedistas (AAOS) e membro da Sociedade Americana de Cirurgia de Mão (ASSH).