A data reforça a importância da conservação ambiental e científica para o futuro
Por Kleidiane Araújo/Governo do Tocantins
Neste sábado, 4, o Monumento Natural das Árvores Fossilizadas (Monaf), gerido pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), celebra 25 anos desde sua criação pela Lei nº 1.179 de 2000, consolidando-se como uma das mais importantes Unidades de Conservação (UCs) de Proteção Integral do Tocantins.
Situado no distrito de Bielândia, em Filadélfia, a aproximadamente 438 km de Palmas, o Monaf possui uma extensão superior a 32 mil hectares de cerrado, e preserva um dos maiores e mais valiosos sítios paleontológicos do mundo, destacando-se por sua rica biodiversidade e relevância científica.
A celebração dos 25 anos do Monaf reforça a importância da conservação ambiental e científica para o futuro, e ainda destaca o papel fundamental da região no estudo da história da Terra e na preservação da biodiversidade local.
O Monumento, além de um importante patrimônio científico, tem se consolidado como um atrativo turístico, principalmente pelas suas trilhas ecológicas e a oportunidade de conhecer as formações fósseis. Visitantes podem explorar sítios paleontológicos como as fazendas Buritirana, Andradina e Peba, além de atrativos naturais como a Cachoeira do Genipapo, em Babaçulândia.
A diretora de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Naturatins, Perla Ribeiro, destaca o papel da unidade para os pesquisadores. “O Monaf é uma UC de extrema relevância, especialmente para a pesquisa científica. Reconhecida por seus afloramentos fósseis, essa área recebe um fluxo significativo de pesquisadores de várias partes do Brasil e do mundo, interessados em explorar sua riqueza geológica e biológica. Além de ser uma das unidades mais bem conservadas do Estado, o Monumento desempenha um papel crucial na promoção de estudos sobre a biodiversidade local e a preservação do patrimônio natural. Assim, não só contribui para o avanço do conhecimento científico, mas também para o desenvolvimento sustentável do Tocantins”, ressalta.
O supervisor da unidade, inspetor de Recursos Naturais Hermísio Alecrim Aires, celebra o avanço significativo na preservação do Monaf, destacando que, até o início de outubro de 2025, não foi registrado nenhum incêndio dentro da unidade. “Esse resultado evidencia o impacto positivo do trabalho de conscientização ambiental que a equipe realiza com a população local. A participação dos residentes tem se mostrado fundamental para a preservação do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas, refletindo um comportamento mais consciente em relação à prevenção e combate ao fogo e à conservação ambiental. Por isso, reforçamos a importância da educação ambiental e do envolvimento da comunidade na proteção do nosso patrimônio natural”, conclui ao destacar que, neste ano, a equipe realizou três ações de combate a incêndios, todas fora da UC, incluindo municípios vizinhos.
Criação
O Monaf foi criado para proteger um dos maiores acervos de fósseis vegetais do período Permiano da Era Paleozóica, que data entre 252 e 298 milhões de anos. Nesta localidade, predominam fósseis de pteridófitas e gimnospermas, além de possíveis coníferas e cicadácias, que são fundamentais para o estudo da evolução do planeta.
Esses fósseis, conhecidos localmente como “Pedras de Pau”, oferecem uma visão detalhada da flora pré-histórica que uma vez cobriu a região, onde uma vasta floresta se estendia sobre o que hoje conhecemos como Tocantins.
A criação da Unidade de Conservação foi uma resposta à exploração irregular dos fósseis, que constituem patrimônio da União. A preservação dessas valiosas relíquias naturais foi impulsionada pelo esforço da Sociedade Brasileira de Paleontologia, que denunciou a extração ilegal. Essa ação levou à intervenção do Governo do Tocantins, assegurando a proteção desse importante acervo paleontológico.
Crédito da foto
Foto: Monaf celebra 25 anos desde sua criação pela Lei nº 1.179 de 2000 – Naturatins/Governo do Tocantins