Médico do reality “Quilos Mortais Brasil” alerta: excesso de gordura pode dificultar o diagnóstico e aumentar o risco da doença
Durante o Outubro Rosa, além do reforço à importância do diagnóstico precoce, um alerta chama atenção: a obesidade não é apenas um fator de risco para o câncer de mama — ela pode mascarar a doença, atrasando o diagnóstico e reduzindo as chances de cura. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), só neste ano, o Brasil deve registrar mais de 73 mil novos casos de câncer de mama, índice que preocupa especialistas.
O excesso de gordura corporal altera a densidade das mamas, o que pode dificultar a visualização de nódulos nos exames de imagem, como a mamografia. Em mulheres obesas, pequenas lesões podem não ser identificadas, tornando os resultados menos precisos.
Para o cirurgião bariátrico Dr. Marcelo Carneiro, médico do reality “Quilos Mortais Brasil” e referência no tratamento da obesidade, essa relação exige atenção urgente. “A gordura corporal é como um estado inflamatório. Ela altera hormônios, desequilibra o metabolismo e cria um ambiente propício para o surgimento e a evolução dos tumores”, explica o médico.“O excesso de gordura aumenta a produção de estrogênio — hormônio que, em grandes quantidades, estimula o crescimento das células mamárias, especialmente após a menopausa”, alerta Dr. Marcelo.
Segundo o médico, a perda de peso controlada e o tratamento adequado da obesidade têm impacto direto na prevenção e até no sucesso do tratamento do câncer. “Ao cuidar do peso, a mulher previne diversas doenças e evita complicações diante de diagnósticos mais sérios”, reforça o especialista.
O profissional enfatiza que mudanças no estilo de vida, como manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física regular e buscar acompanhamento médico multidisciplinar, são essenciais para o tratamento contra a obesidade e também podem reduzir o risco de câncer de mama e melhorar a resposta do organismo aos tratamentos.
“Prevenir a obesidade é também uma forma de prevenir o câncer. Precisamos falar mais sobre isso e conscientizar as pessoas de que o corpo é um só!”, finaliza.




