| Estudo mostra que a terapia por ondas de choque extracorpóreas (ou extracorporeal shock wave therapy – ESWT) reduz a fibrose e melhora a textura da gordura subcutânea, oferecendo benefícios complementares à drenagem linfática e aos cuidados clínicos; | 
| São Paulo, 31 de outubro de 2025 – Um estudo recente com mulheres com celulite grau 3 publicado no Journal of Cosmetic Dermatology investigou os efeitos da terapia por ondas de choque extracorpóreas (ESWT) em pacientes submetidos à lipoaspiração. Os resultados apontaram que o tratamento reduziu a fibrose em 25%, melhorou a elasticidade da pele em 30% e otimizou a textura da gordura subcutânea em 20%, quando comparado à drenagem linfática manual. Mas qual a conexão com o lipedema? De acordo com os pesquisadores, esses efeitos indicam que a ESWT também pode atuar como uma estratégia complementar no manejo clínico dessa doença, que afeta cerca de 10 milhões de mulheres no Brasil. ESWT e lipedema – “O lipedema é caracterizado por acúmulo anormal de gordura, dor e fibrose em alguns membros, fatores que impactam diretamente a qualidade de vida das pacientes. Estudos como este reforçam que a ESWT pode ser uma ferramenta importante, complementando os tratamentos clínicos que já são utilizados como drenagem linfática, fisioterapia e uso de compressão”, explica o cirurgião vascular Dr. Vitor Cervantes Gornati, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular e um dos principais especialistas no tratamento clínico do lipedema.  | 
Embora o estudo tenha envolvido pacientes pós-lipoaspiração para fins estéticos, os efeitos observados como redução da espessura da gordura subcutânea e melhora da fibrose têm forte relevância para o tratamento não-cirúrgico do lipedema, especialmente em estágios iniciais da doença. A ESWT atua promovendo estímulo da circulação, quebra de fibrose e melhora da textura da pele, podendo ser incorporada até em protocolos clínicos multidisciplinares.
“Nosso objetivo é oferecer abordagens individualizadas, respeitando cada paciente, e que melhorem a qualidade de vida das mulheres com lipedema, minimizando dor e restrições. Ferramentas não invasivas como a ESWT representam mais um avanço importante no tratamento clínica da doença”, finaliza o Dr. Vitor.
Link completo da pesquisa: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34422085/

									 
					



