Close Menu
Fatos Amazonas
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Trending
    • Prefeitura participa de capacitação sobre elaboração de emendas impositivas para servidores da CMM
    • Vice-prefeito Renato Junior recebe Colar do Mérito do TCE-AM pela contribuição no fortalecimento da boa governança e da responsabilidade fiscal no Estado
    • Governo do Tocantins conduz painel na COP 30 que discute mercado voluntário de carbono nas iniciativas do JREDD+
    • COP30: Livro fotográfico apoiado pelo Governo do Amazonas reforça a importância da Amazônia no debate climático
    • Equipes da UGPE e BID visitam Novo Airão para implantação de projeto voltado à infraestrutura hídrica e sustentável
    • Bazar das Mulheres Empreendedoras do Prosamin+ ajuda a impulsionar a renda de beneficiárias do programa
    • Prefeitura de Manaus recupera rede de drenagem profunda no bairro Tancredo Neves
    • Prefeitura realiza desobstrução e limpeza de caixa coletora no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube
    Fatos AmazonasFatos Amazonas
    • Início
      • Quem Somos
    • Manaus
      • famosos
      • Educação
      • Polícia
      • Política
      • Prefeitura de Manaus
      • Saúde
      • Tecnologia
      • Turismo
    • Amazonas
      • Governo do Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Esporte
    • Contato
    Fatos Amazonas
    Home»Meio Ambiente» Crise climática global reforça incêndios e ameaças a ambientes e povos tradicionais
    Meio Ambiente

     Crise climática global reforça incêndios e ameaças a ambientes e povos tradicionais

    Redação Fatos AMBy Redação Fatos AM14 de novembro de 2025Nenhum comentário4 Mins Read
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Análises internacionais apontam que destruição da vegetação natural é retroalimentada pela disparada da temperatura

    Autor: Aldem Bourscheit

    O desmate e o agro são grandes vilões climáticos, respondendo, no Brasil, por 1⁄4 das emissões que reforçam o efeito estufa e elevam a temperatura média planetária. O restante se deve à queima de combustíveis fósseis, como gasolina e carvão. Contudo, dar cabo de árvores e pastagens naturais ou drenar pântanos não só emite poluentes climáticos, como está degradando os mesmos ambientes naturais e sua vida selvagem pelo rebote na disparada da temperatura, das secas e incêndios.

    Essa alarmante via de mão dupla prejudica também povos tradicionais como os Kalungas, no estado do Goiás – a maior comunidade quilombola do Brasil. Eles descendem de escravizados que fugiram e lá se estabeleceram, há mais de 300 anos. Pois, a comunicadora e guia kalunga Alciléia Torres contou que este ano 45% do território incendiou. “Muitas pessoas perderam tudo”. Mas os danos são maiores. “O fogo não queima só o mato, leva nossa cultura, nosso modo de vida”.

    Para ela, a crise do clima e o desmate do Cerrado são os motores do drama das mais de 50 comunidades na região, pois desde 2012 a vegetação nativa é manejada – queimada em pontos estratégicos – para reduzir as chances de grandes incêndios. “Esse ano teve muito fogo de novo. Foi tão forte que passou pelos aceiros [faixas desmatadas para conter o avanço das chamas]”, descreveu Torres.

    E tal fenômeno ganhou escala global. Só entre março de 2024 e o último fevereiro, uma área maior que a Índia – maisde 3,7 milhões de km2 – queimou no mundo todo, emitindo 9% mais carbono que a média dos últimos 20 anos. O balanço está num relatório que a Fundação pela Justiça Ambiental (EJF, sigla em Inglês) levou à COP30 reunindo graves situações e prejuízos gerados por incêndios na Indonésia, Estados Unidos, Grécia, Congo, Reino Unido e Brasil.

    “Os incêndios são um dos efeitos mais visíveis e destrutivos do colapso climático”, ressaltou a representante da EJF no Brasil, Luciana Leite. “Estão destruindo vidas, deslocando comunidades e ameaçando ecossistemas num ritmo assustador”. Ela lembrou que o país é muito afetado por incêndios nos últimos anos, como os devastadores de 2020, no Pantanal. “Esta é uma crise global que exige a atenção de todos os países presentes na COP30”, destacou.

    Há cinco anos, o Pantanal teve 1⁄3 queimado – mais de 4 milhões de ha – devido à seca, altas temperaturas e descontrole do fogo usado em fazendas. As chamas mataram mais de 17 milhões de animais. A destruição generalizada no bioma, todavia, não parou por aí. Os incêndios persistem e, este ano, já consumiram mais de 100 mil ha – uma área superior à de Singapura ou pouco menor que a do Rio de Janeiro (RJ).

    Dobro de florestas queimadas

    Com base em estudos científicos, o WRI (sigla em Inglês do Instituto de Recursos Mundiais) – focado em pesquisar soluções para impasses ambientais – relata que, de 2015 a 2024, o dobro de florestas mundiais queimou em comparação com 2001 a 2010. De acordo com a ong, o fogo já responde por 1⁄3 da mudança global na cobertura do solo, especialmente em florestas boreais – centradas no Hemisfério Norte – e tropicais úmidas – como a Mata Atlântica. Nas últimas, as emissões associadas a incêndios saltaram 60% desde 2001.

    Também há reflexos na Amazônia. Em 2023, os rios Negro e Amazonas chegaram a níveis historicamente baixos, prejudicando a navegação, a vida selvagem e as pessoas. Isso acelera o “ponto de não retorno”, quando parte do bioma pode perder características naturais e enviar menos chuvas ao continente. “O desmatamento em grande escala pode interromper esse ciclo, agravando as secas em áreas a favor do vento, mesmo a centenas de quilômetros de distância”, detalhoua entidade.

    O alerta indica que esse problema deve ser enfrentado freando o desmate, a degradação das terras e as emissões de fósseis para realmente proteger florestas, savanas e outros ambientes naturais, bem como as pessoas que os defendem. “Cada fração de grau importa”, avaliou Steve Trent, diretor-executivo da EJF. “Sem uma ação climática urgente e centrada na justiça ambiental, essa crise só se aprofundará”.

    A realidade nos interiores do Brasil, porém, parece ser outra. “Ainda não recebemos nenhum apoio para recuperar as perdas materiais e ambientais que sofremos”, contou Torres. “Não temos seguro como o agronegócio”. Mesmo assim, as comunidades arregaçaram as mangas para curar parte das feridas que o fogo deixou. “Faremos mutirões para restaurar a vegetação em nascentes e córregos onde a água ficou preta pelas cinzas dos incêndios”, adiantou Alciléia.

    Esta reportagem foi produzida por ((o))eco, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original no Link

    Caso tenha interesse neste conteúdo, considere a política de republicação no Link

    Compartilhe isso:

    • Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
    • Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)

    Relacionado

    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn WhatsApp Reddit Tumblr Email
    Redação Fatos AM
    • Website

    Related Posts

    Governo do Tocantins conduz painel na COP 30 que discute mercado voluntário de carbono nas iniciativas do JREDD+

    14 de novembro de 2025

    COP30: Livro fotográfico apoiado pelo Governo do Amazonas reforça a importância da Amazônia no debate climático

    14 de novembro de 2025

    Equipes da UGPE e BID visitam Novo Airão para implantação de projeto voltado à infraestrutura hídrica e sustentável

    14 de novembro de 2025
    Leave A Reply Cancel Reply

    Nossas Redes
    • Facebook
    • Twitter
    • Instagram
    • YouTube
    Publicidade
    Demo
    Comentários
      Fatos Amazonas
      Facebook X (Twitter) Instagram
      © 2025 FatosAM. Todos os direitos reservados. Mantido por Jota Conecta

      Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.