Tendência que alia tecnologia construtiva, economia de energia e conforto térmico pode reduzir até 5 °C na temperatura ambiente e gerar economia de cerca de 30% no consumo de energia elétrica em uso de ar condicionado
Já sentiu aquele calor que entra em casa sem ser convidado? Agora imagine viver em um ambiente que se mantém naturalmente fresco, mesmo nos dias mais quentes, sem precisar recorrer tanto ao ar-condicionado. Essa é uma das propostas das fachadas ventiladas, uma das soluções mais inovadoras e sustentáveis da construção civil contemporânea — especialmente em empreendimentos residenciais de alto padrão. O sistema, amplamente utilizado na Europa há décadas, vem conquistando espaço no Brasil, impulsionado pela busca crescente por eficiência energética, durabilidade e conforto ambiental.
A fachada ventilada é formada por camadas independentes. Uma estrutura metálica é ancorada à parede impermeabilizada da edificação, criando um espaço de ar entre o revestimento externo — que pode ser de porcelanato, cerâmica, painéis metálicos ou outros materiais — e a parede. Esse espaço permite uma ventilação natural contínua, conhecida como “efeito chaminé”, que reduz a absorção e a transferência de calor para o interior do edifício.
Além da eficiência energética, o sistema contribui para o conforto acústico, a proteção contra umidade e a redução de custos de manutenção. A ventilação constante impede o acúmulo de calor e umidade entre as camadas, prolongando a vida útil dos materiais e evitando problemas comuns nas fachadas convencionais. Para os moradores, os benefícios se traduzem em ambientes mais agradáveis, saudáveis e silenciosos, além de redução das despesas mensais com energia e manutenção.
Embora o Brasil ainda esteja em estágio inicial no uso dessa tecnologia em comparação à Europa, o cenário é de rápida evolução. Incorporadoras e construtoras têm percebido que as fachadas ventiladas representam não apenas um diferencial estético, mas também um investimento inteligente em eficiência, valorização e sustentabilidade.
Bem-estar e economia para os moradores
Empreendimentos como o Edifício Oás, da GT Building, — que será o prédio mais alto de Curitiba — exemplificam como a tecnologia pode se transformar em um diferencial competitivo no mercado imobiliário de luxo.
No projeto, o revestimento escolhido foi o porcelanato, que alia leveza, resistência e versatilidade estética. O processo de instalação envolve rigorosas etapas de preparação e impermeabilização da superfície, fixação da estrutura metálica e aplicação precisa das placas, garantindo desempenho técnico, durabilidade e sofisticação visual.
Segundo a equipe técnica da GT Building, estudos realizados para o Oás comprovaram uma redução de até 5 °C nas temperaturas internas em comparação às fachadas convencionais — resultado alcançado de forma totalmente passiva, sem o uso de sistemas de climatização. Essa eficiência térmica pode representar economia de cerca de 30% no consumo de energia elétrica com ar-condicionado, especialmente nos períodos de mais calor. “Buscamos constantemente soluções construtivas que unam tecnologia, conforto e estética, reforçando nosso compromisso com o meio ambiente e com a qualidade de vida dos moradores”, enfatiza o diretor de operações da GT Building, Maurício Fassina.




