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    Home»Cultura»Segunda noite de showcase no MICBR pulsa entre beats, corpos em movimento e urgências que atravessam o país
    Cultura

    Segunda noite de showcase no MICBR pulsa entre beats, corpos em movimento e urgências que atravessam o país

    Redação Fatos AMBy Redação Fatos AM6 de dezembro de 2025Nenhum comentário6 Mins Read
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    Do rap à roda de coco, artistas celebram identidades e abrem caminhos para novas potências criativas.

    O segundo dia de showcases no MICBR + Ibero-América 2025 começou eletrizado desde cedo, como se o ar no Dragão do Mar antecipasse a intensidade que tomaria os palcos ao entardecer. O hip-hop e a dança dividiram o protagonismo, ocupando o complexo cultural com discursos de corpo, voz, território e transformação. À medida que o sol baixava, as mesas de café eram esvaziadas, os passos aceleravam pelos corredores e a cidade se preparou para receber uma noite em que arte e urgência caminharam lado a lado.

    O hip-hop abriu as apresentações no Anfiteatro, às 18h30, com o coletivo paulistano Gangsta e Poesias, um grupo representado por três rappers, cantoras e uma DJ, somado às projeções que incorporam elementos teatrais às apresentações — um gesto que desestabiliza o limite entre música e cena, e faz do show mais que um recorte: um manifesto. “A gente fala sobre machismo, feminismo, homofobia, mudança de comportamento”, disse Tuca Leles, uma das integrantes, enquanto ajeitava a roupa antes de entrar no palco. “Nossa música é ferramenta de cura e transformação.”

    Elas chegaram ao MICBR pela primeira vez e, antes mesmo de cantar, já haviam conquistado compradores da Colômbia, Salvador e Rio de Janeiro — todos atraídos pela força do projeto e pelo protagonismo feminino que carrega. O grupo, que nasceu da união de artistas com décadas de carreira solo, encontrou no evento a chance de afirmar que o hip-hop também é mercado, renda, autonomia e alimento: “A economia criativa é o que sustenta nossos lares”, disse uma delas. No showcase, cada artista apresentou uma faixa autoral e, juntas, fecharam com a cypher que costura o repertório coletivo — um rito que reforça a união como gesto estético e político.

    Logo depois, a força da Bahia tomou o palco com Aurea Semiseria, trazendo crítica social e lirismo afiado. Sua presença é daquelas que ocupam o ar: fala das contradições do país, do corpo, do feminismo e dos atravessamentos da vida periférica com a clareza de quem cria para sobreviver — e sobrevive criando. Da Bahia, o público foi transportado diretamente ao Norte com Jander Manauara, que misturou rap, funk, batuque amazônico e uma corporalidade híbrida que desafiou qualquer categorização. Seu show parecia nascer do chão, da floresta, das ruas, das caixas de som improvisadas e da cultura dos bailes que moldam sua cidade.
     

    Na sequência, quem ocupou o palco foi Thabata Lorena, maranhense radicada no Distrito Federal, do Coletivo Dona Imperatriz. A apresentação, inédita e construída especialmente para o MICBR, trouxe máscaras, dança, experimentação e uma explosão de brasilidade que atravessa fronteiras simbólicas: do gueto ao popular, do experimental ao ancestral. Thabata definiu seu processo como “uma produção reversa”: começou pelo tempo, voltou ao conceito e costurou músicas do disco novo com movimentos construídos em parceria com a dançarina. “O MICBR foi o primeiro lugar que me deu estrutura para viajar com minhas máscaras e figurinos. É uma chance de expandir o hip-hop para outros territórios da arte.”

    A noite seguiu com Mana Moa MC, que trouxe a contundência de quem faz da palavra uma arma política. Mãe, mulher e MC, ela carrega no palco a luta por direitos e equidade social — e, a cada verso, parecia acender a plateia como quem abre caminhos para outras mulheres. Fechando as performances de hip-hop, Nubian Zayana trouxe o peso da diáspora para o palco: nascida em Guiné-Bissau e morando em Fortaleza como estudante internacional, ela mistura crioulo, português e inglês em um rap-afro-fusion que fala de identidade, memória e deslocamento.

    Dança

    No Teatro Dragão do Mar, a dança tomou forma logo às 19h com o Corpo de Dança do Amazonas, que apresentou “TA – Sobre Ser Grande”, uma adaptação de apenas 20 minutos de um espetáculo originalmente de uma hora — um desafio artístico que exigiu precisão e coragem. Os bailarinos Ian Queiroz, Victor Venâncio, Thaís Camillo e Huana Viana explicaram que estrearam muitas cenas ali, naquele momento, diante do público. Era como assistir a um rito em construção: fragmentos coreográficos carregados de improvisação, referências de povos originários, movimentos que iam da dança contemporânea ao vogue, e um figurino que mesclava ancestralidade e futurismo — botas, cortes transversais, saias sem gênero definido, corpos que se transformavam enquanto dançavam. “O Norte é isolado. É caro viajar. É difícil circular. O MICBR nos dá essa chance”, disse Victor.

    Logo depois, Joelma Ferreira, de Maceió, apresentou “Cheia”, um solo dedicado às mulheres negras filhas de Oxum. Era impossível não se emocionar com a entrega da artista — uma dança que nascia das danças populares brasileiras, de sua pesquisa de mestrado, de suas memórias, e que reivindicava: danças populares não são menore, mas potências. Joelma deixou o palco emocionada e convicta: “Para quem vem de Maceió, isso aqui é uma janela gigante.”

    A programação seguiu com Carolina Azambuja, que levou ao palco “Beleza da Carne”, obra inspirada em Francis Bacon, explorando dor, prazer, deformidade e sensualidade com uma estética crua e contemporânea. Em seguida, Elídio Netto apresentou “Batinga”, trazendo ritmos afro-brasileiros, corpo-território e pulsação ancestral.

    Mais tarde, Eduardo Severino, atravessou o palco com sua pesquisa de mais de 25 anos, trazendo fragmentos de seus novos trabalhos e da obra “De Gelo”, que discute aquecimento global. E, fechando a noite, Mestra Maria Tiê, tesouro vivo do Ceará, entrou com três gerações de mulheres do Quilombo de Sousa para formar uma roda de coco que transformou o teatro em terreiro. Era dança, era canto, era memória — e era também futuro.

    O MICBR viveu hoje uma noite em que o hip-hop e a dança se encontraram como narrativas do país real: múltiplo, brilhante, urgente. Vozes e corpos que expressam o que o Brasil tem de mais vivo, mais profundo e necessário. E a programação não acaba aqui — amanhã (6), os showcases continuam, agora dedicados à música e ao circo, mantendo acesa a vibração criativa que tomou Fortaleza nesta semana.

    MICBR+Ibero-América

    A edição 2025 é uma realização do Ministério da Cultura, correalização da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secult Ceará, e da Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secultfor.

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