Ex-governador disse também que o valor do auxílio estadual vai ser triplicado, passando de 150 para 450 reais
Em entrevista ao programa Manhã no Ar, da rádio e TV Tiradentes, nesta quarta-feira (10/08), o candidato ao Governo do Estado, pela Coligação A Força do Povo, Amazonino Mendes, disse que se eleito vai transformar o Amazonas em um gigantesco canteiro de obras, para estimular a geração de emprego e renda, e amenizar a extrema pobreza que aflige milhares de amazonenses.
Para Amazonino, é extremamente urgente a criação de empregos para combater a insegurança alimentar que atinge mais da metade da população amazonense, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Tiraram o dinheiro da praça, tiraram as obras. Você não vê mais obras. Eu sempre desenvolvi uma tese. O povo, o estado, a sociedade, depende muito do PIB (Produto Interno Bruto). O nosso PIB é curioso , o nosso PIB privado mora fora do estado. O outro lado que tem dinheiro é o Governo do Estado. No exato momento que o estado paralisa, não trabalha, não funciona, não se tem obras. O povo é quem sofre, porque deixa de ter empregos. E deixando de ter emprego, como é na atualidade, a miséria é total. Muita fome”, comentou.
Amazonino relembrou que as obras produzidas em gestões comandadas por eles estimulavam a geração de empregos diretos e indiretos na economia amazonenses. “Manaus era um canteiro de obras. E vou fazer de novo. Isso gera emprego, evita que o povo fique desesperado com fome, como, hoje. Olha, há algum tempo atrás, na minha época, eu acho muito mais, depois da minha época ainda tinham cerca de 120 mil carteiras registradas de trabalho no setor da construção civil. Sabe quanto é hoje? Cerca de 20 mil. Cem mil foram para o espaço. Enxugaram o dinheiro da praça, e tiraram as obras. O que acontece? O povo está morrendo de fome”, analisou Amazonino.
O ex-governador já destacou que o auxílio estadual da atual gestão precisa ser triplicado. “O valor do auxílio, tem de no mínimo, ser triplicado. O povo está na miséria, sem saber o que se alimentar. Mais da metade da população do Amazonas enfrenta a fome”, disse, relembrando a visita que fez a uma família da Zona Oeste de Manaus. “Eu fui visitar uma família, tinham oito pessoas da família, você não queira imaginar. Estamos aqui, comemos todos os dias, temos o nosso convívio, e a gente não percebe essa miséria desgraçada que está nos roendo. O povo está arrebentado e o que percebo é que amassaram o povo, trituram e agora dão um prato de comida”, completou.
Alternativas
O candidato disse que o Amazonas tem a necessidade de potencializar a vocação econômica de cada munícipio, como por exemplo, pelo setor primário., cuja área recebeu em gestões passadas políticas públicas pelo projeto Terceiro Ciclo. “Eu já enxergava à época, a fragilidade da nossa economia, única e exclusivamente dependente de um único decreto, uma assinatura. Então, eu já presumia que a gente tinha de criar novas matrizes econômica, e o que era pertinente à época, era o setor primário. A gente não podia pensar em outra coisa. E para alcançá-lo, a gente precisava levantar as potencialidades, como fiz com o Terceiro Ciclo”.
Itacoatiara
Amazonino disse ainda que pretende transformar Itacoatiara em um novo polo da economia amazonense. “Você tem a mina de potássio que muita gente fala, mas fala sem saber o que está falando. Nós temos o nitrogênio, que a gente extrai do gás. Temos o potássio em si, e temos uma mina de fosfato lá no Apuí. Então, em razão disso, eu penso em levar o gás num gasoduto de Silves para Itacoatiara, para em Itacoatiara fazer uma fábrica de fertilizantes, que é exatamente com potássio, nitrogênio e fosfato. Com a energia promovida pelo gás, eu vou transformar Itacoatiara num polo industrial importante”, informou, ressaltando que a iniciativa poderá abastecer o país com fertilizante. “Eu quero fazer isso e levar o adubo que o Brasil precisa. A gente importa isso. A gente tem, segundo os geólogos, a terceira mina de potássio do mundo. Ele está a 900 metros, uma faixa considerável de 300 quilômetros. A nossa riqueza mineral é muito grande”, completou o candidato.
O candidato disse que é preciso pensar em ideias factíveis para estimular a piscicultura amazonense. “Nós temos de desenvolver, de fato, a piscicultura, mas para resolver, você tem de resolver primeiro o alimento do peixe, a ração. Qual a base da ração? Milho. A gente não produz, a gente importa. Pessoal está deixando de criar aves de postura, porque não aguenta mais pagar ração, que está muito caro. Piscicultura? A gente perde feio para Rondônia e Roraima, e, hoje, muito mais por causa do custo da ração, que a base é o milho”, finalizou.