Convidada do podcast “PodPah” desta quinta-feira (20), Ana Maria Braga falou sobre sua trajetória na televisão brasileira e não poupou detalhes, revelando inclusive que processou a Record TV após ter sido demitida sem um motivo plausível.
Entre 1993 e 1996, a apresentadora esteve à frente do “Note e Anote“, período que ela considera “muito feliz”, uma vez que o sucesso da atração alavancou a sua carreira. No entanto, o final dessa história não foi um conto de fadas.
“Eles me pagavam bonitinho, cumpriram todas as coisas, como eu cumpria com eles, mas aí chegou uma hora que tinha lá uma pendenga e eu resolvi cobrar, fui falar com o responsável, acho que não era um bom dia da pessoa, eu também não estava em um bom dia, mas se é justo, é justo”, começou a loira.
Ana Maria, então, explicou que, ao tentar resolver a situação, acabou sendo demitida sem motivo: “Falei: ‘olha, estamos com esse negócio e estou precisando’. Aí ele falou: ‘não vai dar e se não estiver satisfeita, a porta da rua é a serventia da casa’. Aí eu levantei e disse ‘é o seguinte: a gente tem programa segunda-feira, eu vou embora e não volto mais, mas se o senhor quiser, eu fico a semana que vem para o senhor encontrar uma pessoa para colocar no meu lugar’. Aí ele falou ‘não precisa’”.
Em seguida, a apresentadora revelou que entrou com um processo contra a emissora e saiu vitoriosa: “Eu sai e fui no advogado, montei uma causa contra a Record que ganhei 10 anos depois, porque juridicamente não tinha justificativa [para a dispensa], não era plausível”.
Ana Maria Braga reforçou que seu salário é pago pontualmente, mas no início do programa sua remuneração derivava somente de ações comerciais. Cada anunciante que comprova tempo de tela ganhava 15 minutos a mais, o sucesso foi tanto que atração chegou a ficar seis horas porque 23 marcas haviam comprado cotas.
“Me contrataram, cheguei lá e falaram ‘a gente não tem salário porque a gente está começando agora, mas tenho 2h pela manhã, se você quiser você pode produzir, lhe dou uma secretária, e vocês bolam o programa’. Falei ‘eu topo’ […] Fiz um contrato muito bom, uma negociação de que se o programa virasse ouro eu ia ganhar muito, e eu sabia que iria virar ouro, e eles toparam tudo que eu falei”, completou.
O Tempo