Um aplicativo inovador, originário da Coreia do Sul, está revolucionando a forma como nos relacionamos com aqueles que já não estão mais entre nós. O aplicativo With Me, ainda em estágios de desenvolvimento, promete escanear e criar avatares digitais tridimensionais de pessoas enquanto elas estão vivas, permitindo interações digitais, desde conversas até tirar selfies com esses avatares. Neste artigo, exploraremos como essa tecnologia funciona, suas aplicações e os sentimentos conflitantes que ela evoca.
Comunicação com Entes Queridos através de Avatares Digitais:
O With Me é um aplicativo que utiliza tecnologia de escaneamento em 3D e inteligência artificial para criar representações digitais de indivíduos antes de sua partida. Esses avatares digitais, uma vez criados, são capazes de interagir com gestos, palavras e até mesmo posar para fotos com os usuários. O conceito é inovador, embora apresente uma limitação notável: a voz não é recriada, deixando a comunicação com uma sensação robótica.
A Origem Pessoal do Aplicativo:
A ideia por trás do aplicativo With Me é pessoal para a sua criadora, Eun Jin Lim. Ela compartilha sua motivação, explicando que a inspiração veio de uma experiência pessoal dolorosa: a perda de sua avó há alguns anos. Lim lamentou não ter tirado fotos com sua avó enquanto estava viva, o que a levou a conceber a ideia deste aplicativo. Para aqueles que possam considerar a proposta estranha, Lim oferece uma perspectiva reconfortante: “É como pensar na família, eu diria: ‘Quero me lembrar de você para sempre.’”
O Futuro da Tecnologia de Escaneamento em 3D:
A empresa responsável pelo With Me, chamada Elrois, tem uma visão ambiciosa para o futuro. Eles almejam que a tecnologia de escaneamento em 3D seja amplamente adotada em smartphones, tornando a criação de avatares digitais acessível a todos. Essa visão, se concretizada, poderia transformar a forma como lembramos e nos conectamos com aqueles que já partiram.
A criação do aplicativo With Me representa uma fascinante junção entre tecnologia e emoção. Embora possa parecer estranho à primeira vista, a possibilidade de interagir com avatares digitais de entes queridos abre um novo capítulo na nossa relação com a morte e a memória. Enquanto a tecnologia continua avançando, é fundamental que consideremos as implicações éticas e emocionais dessas inovações que desafiam as fronteiras da vida e da morte.