O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema público de saúde, no inquérito que apura a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.
Além de Bolsonaro, outras 16 pessoas também foram indiciadas pela Polícia Federal, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis. Cid e Reis foram indiciados por ambos os crimes de inserção e falsificação. O tenente-coronel também foi indiciado por uso indevido de documento falso, conforme relatado pelo g1.
Os registros atuais do Ministério da Saúde, presentes no cartão de vacinação, indicam que o ex-presidente recebeu a vacina em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, na Zona Norte de São Paulo.
Entretanto, a Controladoria-Geral da União constatou que Bolsonaro não estava na capital paulista nessa data e que o lote de vacinação registrado no sistema não estava disponível na UBS no dia da suposta imunização.
A CGU também identificou outros dois registros de vacinação em nome de Jair Bolsonaro, em 13 de agosto e 14 de outubro de 2022, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, mas ambos foram cancelados devido a “erro”.
Além disso, a CGU não encontrou nenhum registro correspondente às datas específicas das duas vacinações listadas no cartão de vacinação de Bolsonaro na região da Baixada Fluminense.
A investigação, iniciada pela Polícia Federal no início de 2023, apontava Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, como o principal envolvido no esquema.
Com a conclusão do inquérito, cabe ao Ministério Público decidir se irá apresentar denúncia à Justiça ou arquivar a investigação.
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