O Brasil produziu, em 2023, quase 226 milhões de litros de cachaça nos estabelecimentos que são registrados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A informação foi divulgada pela primeira vez neste ano e consta no Anuário da Cachaça 2024. A região Sudeste concentra o maior volume produtivo do país, com 177,5 milhões de litros da bebida.
Minas Gerais é o maior produtor de cachaça do Brasil, mas o Mapa não indicou o volume da produção das cachaçarias mineiras. O estado, porém, superou a marca dos 500 estabelecimentos, sendo o primeiro estado do Brasil a bater essa marca na história. Atualmente, são 504 alambiques legalizados.
Com o alto volume produtivo, as exportações da bebida somaram mais de US$ 20,2 milhões. A cifra representa um aumento de 0,7% no valor total das vendas ao exterior, conforme o Mapa, o maior montante da série histórica.
“O Brasil é a bola da vez para produtos de qualidade. Vamos trabalhar para fazer da cachaça, cada vez mais, um orgulho brasileiro”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em nota publicada no site da pasta.
Crescimento
Dados do Anuário também mostraram que o país encerrou o ano passado com 1.452 novas marcas registradas, um aumento de 16% em comparação a 2022. Ao todo, com os novos rótulos, o Brasil soma 10.526 marcas de cachaça. Também foram observados 935 novos registros de produtos e 88 novas cachaçarias.
“Os dados são animadores. Apesar do cenário desafiador que o setor da Cachaça tem enfrentado nos últimos anos, eles demonstram uma certa resiliência no enfrentamento dessas dificuldades e, sobretudo, a relevância dos micro e pequenos produtores”, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça, Carlos Lima.
O Tempo