Apesar de ter uma relevante atividade econômica dentro da região Norte, o Amazonas possui mais de 270 mil dos chamados jovens “nem-nem”, isto é, que nem estudam, nem trabalham. Parte disso se deve essencialmente à falta de qualificação para ocupar alguns postos de trabalho, sobretudo no setor industrial.
Quem abordou o assunto foi a defensora pública Carol Braz, pré-candidata a vereadora pelo MDB, em entrevista à rádio comunitária “Voz das Comunidades”, nesta terça-feira (10). Ela defende que o poder público deve investir na qualificação de jovens manauaras, que não raramente têm sido cooptados pela criminalidade.
“A juventude está desacreditada, sem esperança. Nós precisamos resgatar essa esperança do jovem oportunizando a ele cursos preparatórios, trabalhar com a tecnologia e inovação, levar esporte, cultura, aula de dança, de música, teatro, futebol, natação, tirar o nosso jovem do nada e dar a ele a esperança de um futuro melhor”, disse ela.
Carol se inspira no programa Jovem Cidadão, desenvolvido no governo do ex-governador Eduardo Braga (MDB). O programa pagava bolsas para jovens que participassem de cursos técnicos e atividades esportivas e culturais no contra-turno das atividades escolares. A ideia, segundo a defensora, é resgatar a dinâmica do programa no âmbito municipal.
“Nós podemos fazer isso dentro das comunidades, levando para cada zona de Manaus cursos preparatórios, atividades de esporte, lazer e cultura. Por que só o filho do rico pode fazer aula de robótica? A gente tem que levar isso para todos”, defendeu.
”Tive uma conversa com representantes da indústria aqui do nosso estado, e hoje existem vagas no mercado de trabalho que não são preenchidas por falta de profissionais não é com mestrado, doutorado, curso no exterior não! É falta de cursos técnicos. E por que não levar esses cursos técnicos para dentro das comunidades, mostrar para nossa juventude que existe sim oportunidade e esperança?”, finalizou Carol.