No cenário político atual, a representatividade das mulheres tem sido uma pauta cada vez mais relevante e urgente. Mulheres como Carol Braz têm se destacado não apenas por ocuparem espaços de poder, mas também por levantarem a bandeira da igualdade e da inclusão em meio a um ambiente historicamente dominado por homens.
Em uma roda de conversa realizada hoje (09/05) pela Comissão Permanente da Mulher Advogada da OAB/AM sobre Carreira e Maternidade, foram destacados diversos desafios enfrentados por mulheres que buscam a igualdade social, cargos de liderança e reconhecimento em suas respectivas áreas de atuação.
Em entrevista, a Presidente da Comissão Permanente da Mulher Advogada da OAB/AM, Marlene Parizotto, falou da proposta do evento: “esse momento tem objetivo de levar as mulheres a serem mais unidas e se sentirem dentro dos contextos como: carreira, maternidade e em qualquer outro tipo de dificuldade, dando vez e voz a elas”.
A presidente da OAB/AM em exercício, a advogada Denise Aufiero, compartilhou sua experiência pessoal, destacando a resiliência e a determinação das mulheres advogadas em enfrentar múltiplas jornadas e alcançar o sucesso profissional, mesmo diante das adversidades “Este ano completo 40 anos de casada, conheci meu marido na Faculdade de Direito da UFAM e ressalto a importância do talento das mulheres advogadas em acumular dupla, tripla jornada e mesmo assim obterem destaque profissional” disse.
Um ponto crucial levantado durante o evento foi a questão da representatividade das mulheres negras, trazida pela Dra. Laila Alencar, membro da Comissão de Igualdade Racial da OAB/AM. Ela enfatizou as dificuldades enfrentadas por mulheres pretas no Brasil, ressaltando a importância de enfrentar esses desafios e criar oportunidades para sua inclusão e progresso. “11 milhões de mulheres do Brasil são mães solteiras, 90% dessas mulheres são negras e não encontramos essas mulheres confraternizando, a gente as encontra em situação de risco, em periferias, em desastres naturais e à margem desse país…”destacou.
Para a defensora pública Carol Braz, é preciso realizar políticas públicas para as mulheres tornarem-se cada vez mais independentes: “Muitas mulheres, após a maternidade, deixam de estudar, trabalhar e progredir devido à falta de uma estrutura. Porém, para que essas mulheres estejam no mercado de trabalho, se profissionalizem, elas precisam de uma estrutura do estado preparada para mulheres independentes”.
Com o diálogo promovido no evento, Carol Braz destacou a urgência e a importância da participação ativa das mulheres em todos os espaços, especialmente na esfera política, onde decisões impactantes são tomadas. “Uma creche salva uma mulher de um feminicídio, uma escola de tempo integral salva uma mulher e garante que ela vai ter uma oportunidade de ser independente, alto suficiente… Daí vem a necessidade de ter mais mulheres na política. As políticas públicas só vão mudar quando nós estivermos naquela cadeira tomando as decisões. Não sou contra os homens, mas precisamos decidir juntos. Então, por mais mulheres em todos os lugares!”, finalizou.
A busca por uma representatividade mais igualitária e justa continua sendo uma luta diária, mas é através de vozes como a de Carol Braz que essa luta ganha força e visibilidade.