José da Silva, pai da jovem grávida Débora da Silva Alves, 18 anos, assassinada com requintes de crueldade, pede a pena máxima para o suspeito do crime, o vigilante, Gil Romero Machado Batista, 41. Começou nesta terça-feira (7), no Fórum Henoch Reis, na zone Centro-Sul de Manaus, pela 2ª vara do tribunal do júri, a audiência de instrução sobre o caso.
De acordo com a polícia, Débora saiu de casa no dia 29 de julho deste ano para encontrar-se com o suspeito, Gil Romero, pai do bebê que ela esperava. Ele prometia entregar uma quantia em dinheiro para ajudar na compra de um berço. Porém, no dia 3 de agosto, o corpo de Débora foi encontrado em uma área de mata no bairro Mauazinho, dentro de uma Usina Elétrica onde Gil trabalhava, na Zona Leste de Manaus.
“Nós estamos aqui para fazer com ele pegue a pena máxima porque eu não acredito que nenhum ser humano que tenha consciência vai acreditar na conversa dele, o rapaz é mentiroso não tem caráter”, disse José.
Gil Romero disse em depoimento a Polícia Civil do Amazonas, que usou uma faca de cortar pão para abrir a barriga da jovem, retirar o bebê que ela esperava e jogá-lo no rio. Segundo a PC-AM, após asfixiar a vítima, que estava grávida de 8 meses com uma corda, o acusado a colocou em uma camburão, jogou óleo e ateou fogo no corpo dela, que foi deixado em uma área de mata.
“Todo dia aquela dor vem mais forte, de saber o que esse cara fez com a minha filha, torturou. Minha filha saiu e não voltou mais. Que os magistrados não deem o braço a torcer porque a justiça é a razão e não o coração e nesse caso ele não tem razão nenhuma e tem que ser preso e condenado”, destacou o pai de Débora.
Familiares e amigos se reuniram em frente ao Fórum Henoch Reis para acompanhar o início do processo. Eles pedem justiça.
Entenda a audiência de instrução
De acordo com a Lei nº 11.719, de 2008, no primeiro momento, a audiência de instrução segue os seguintes ritos: tomada de declarações do ofendido; a inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código; esclarecimentos dos peritos; acareações reconhecimento de pessoas e coisas; por último, interrogatório do acusado.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam), a audiência acontece nesta ordem. No entanto, as etapas são divididas em dias.