Esta semana, em São Paulo, a morte da enfermeira Edmara Silva de Abreu serviu de alerta: aos 42 anos, ela teve uma hepatite fulminante devido ao uso de um chá emagrecedor e, mesmo após ser submetida a um transplante de fígado, não resistiu.
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O produto usado por Edmara foram cápsulas de chá feitas com 50 ervas naturais, que prometia emagrecimento sem dieta. O hepatologista Raymundo Paraná, que coordena um ambulatório que estuda casos de hepatite fulminante, diz que há toxicidade documentada em sete dos 50 componentes.
Ele também destaca que casos como o dela não são tão raros e enumera os sintomas que devem ser vistos com preocupação: olhos amarelos e urina escura, cor de guaraná.
Uma das principais funções de um fígado saudável é depurar o sangue. Em um quadro de hepatite fulminante causado pela ingestão de substâncias tóxicas, as células do fígado – chamadas de hepatócitos – morrem rapidamente, causando o colapso do órgão. Com isso, a corrente sanguínea “envenenada” pelas toxinas causa a inflamação de outros órgãos. Geralmente, o cérebro é o primeiro a falhar, causando a morte encefálica.
Fonte: G1