A Comissão de Segurança Pública do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (6) um projeto de lei que tem como objetivo acabar com as conhecidas “saidinhas” de presos. Essa prática consiste na autorização temporária de saída de detentos em determinadas datas, como feriados e datas comemorativas. O relator do projeto, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), decidiu incluir uma emenda que permite a saída de presos para atividades educacionais fora da prisão, como a conclusão do ensino médio e superior, além de cursos profissionalizantes.
No entanto, a emenda proposta por Flávio Bolsonaro não será aplicada para detentos que cometeram crimes considerados hediondos ou com grave ameaça. Essa medida visa estabelecer limites para os benefícios concedidos aos presos, levando em consideração a gravidade dos crimes cometidos.
Flávio Bolsonaro também acatou uma sugestão do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) para tornar o texto do projeto menos restritivo em comparação com aquele aprovado no plenário da Câmara dos Deputados, em agosto de 2022. Com essa redação atual, o projeto de lei acaba com as saídas em feriados e datas comemorativas, como o Dia das Mães e o Dia dos Pais.
A emenda proposta por Flávio Bolsonaro tem como objetivo possibilitar que os presos tenham acesso a atividades educacionais fora da prisão. A conclusão do ensino médio e superior, além de cursos profissionalizantes, são formas de preparar os detentos para uma reintegração mais efetiva na sociedade. Acredita-se que a educação seja um importante pilar na ressocialização dos presos, ajudando-os a adquirir conhecimentos e habilidades que os auxiliem na busca por uma vida melhor após o cumprimento da pena.
A emenda acatada também propõe que as saídas temporárias sejam aplicadas de forma restrita a detentos que estejam em regime semiaberto e que frequentem cursos profissionalizantes, de supletivo ou de ensino médio e superior. No entanto, é importante ressaltar que o tempo de saída será limitado ao cumprimento das atividades educacionais.
Além disso, a emenda sugere que o benefício das saídas temporárias não seja concedido aos condenados que estejam cumprindo pena por crimes hediondos, com violência ou grave ameaça contra a pessoa. Essa medida busca levar em consideração a gravidade dos crimes cometidos e garantir a segurança da sociedade.
A aprovação deste projeto de lei é um passo importante para aprimorar a política de execução penal no país. É necessário encontrar um equilíbrio entre a ressocialização dos presos e a garantia da segurança da sociedade. O acesso à educação e o incentivo à qualificação profissional são estratégias eficazes para reduzir a reincidência criminal e dar uma chance real de reinserção aos detentos.
Após a aprovação na Comissão de Segurança Pública do Senado, o projeto agora seguirá para análise e votação no plenário da casa. Caso seja aprovado, o texto será encaminhado para a Câmara dos Deputados, onde também passará por tramitação e votação. A expectativa é de que o projeto seja debatido amplamente e que suas propostas sejam analisadas de forma criteriosa pelos parlamentares.
A aprovação desse projeto de lei busca garantir maior segurança à sociedade, evitando que detentos usem as “saidinhas” para cometer novos crimes. Ao mesmo tempo, a possibilidade de saída para atividades educacionais contribuirá para a ressocialização dos presos, preparando-os para uma reintegração mais efetiva na sociedade. A educação é uma ferramenta poderosa na transformação de vidas, e sua inclusão como um benefício para os detentos é um passo importante na busca por um sistema penitenciário mais justo e eficiente.
AM POST