Diferente de muitos países no mundo, o Brasil tem uma data própria para celebrar o amor: o dia 12 de junho. E apesar de não ser feriado no país, o dia dos namorados é comemorado por muitos casais e aquece o comércio e os setores de bares e restaurantes há anos.
E foi justamente com o intuito de acelerar as vendas para uma campanha publicitária que a data surgiu no Brasil.
Entenda
O dia dos namorados brasileiro foi criado em 1948, pelo publicitário João Doria, pai do ex-governador de São Paulo, João Doria Junior. O dono da agência publicitária recebeu o desafio, na época, de aquecer as vendas de uma loja de roupas e acessórios femininos.
Como junho era, historicamente, um mês ruim para o comércio, o publicitário inventou mais uma data para a troca de presentes no Brasil, inspirado no dias das mães. A campanha de sucesso tinha como slogans: “Não é só com beijos que se prova o amor!” e “Não se esqueçam: amor com amor se paga”.
O dia também não foi escolhido aleatoriamente. 12 de junho antecede a data que celebra o dia de Santo Antônio, 13 de junho, santo casamenteiro no Brasil.
O incentivo ao dia que começou, em 1948, como uma campanha isolada, passou a ser adotado por outras lojas em diferentes regiões do país já no próximo ano. A Associação Paulista de Progaganda elegeu a ideia de João Doria como a melhor propaganda da época.
Atualmente, a data aquece a economia em todo o país. Em Minas Gerais, a projeção de 2024 é que a data movimente cerca de R$ 2 bilhões em vendas, segundo a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG). A entidade estima que 7,5 milhões de consumidores vá às compras no Estado em busca de um presente para a pessoa amada.
Dia de São Valentim
Em outros países do mundo, o dia dos namorados é comemorado em 14 de fevereiro desde o século 5. A data tradicional nos Estados Unidos e Europa celebra São Valentim e é conhecida como “Valentine’s Day”.
Segundo historiadores, São Valentim foi um padre da Roma que teria sido preso por realizar casamentos escondidos. Na época, as celebrações foram banidas pelo imperador Claudio 2º, que alegava que homens casados eram soldados piores e os solteiros tinham rendimento melhor no exército.
Quando descobriu o segredo do padre, o imperador mandou prender São Valentim sob sentença de morte. Na prisão, o padre se apaixonou por uma carcereira para quem enviava cartas de amor com a assinatura “do seu Valentim”, originando a prática de mandar cartas como demonstração de amor.
O Tempo