Candidato ao Senado e ex-senador reconhecido no Brasil como grande voz em defesa da Amazônia, se eleito mira as comissões de relações exteriores e a de assuntos econômicos
Um dos políticos amazonenses mais respeitados do país, Arthur Virgílio Neto (PSDB) encara o desafio de tentar voltar ao Senado Federal, onde teve atuação marcante como um dos parlamentares mais combativos. O tucano, que disputou as prévias presidenciais de seu partido e figura como um dos favoritos para conquistar a única vaga do pleito, já faz planos e revela algumas de suas propostas para os próximos oito anos, incluindo integrar as comissões de Assuntos Econômicos e a de Relações Exteriores da Casa que conhece bem e onde seu pai, o Senador Arthur Virgílio Filho, também já esteve.
“Sou um diplomata que fez o caminho inverso. Em vez de ir para o exterior, voltei para o interior do meu país, me dedicando ao Amazonas, minha terra natal, para ajudá-la a se desenvolver e para que ela sirva ao Brasil por abranger a maior fatia da Amazônia”, justificou Virgílio, que este ano completa 45 anos de vida pública, ocupando os principais cargos públicos. “Quero usar toda essa experiência para reforçar o time das comissões de Relações Exteriores e de Assuntos Econômicos, contribuindo nas discussões sobre a importância do meu Estado”, completou.
Na campanha, Arthur tem destacado sua biografia e carreira pública. O último cargo que ocupou foi o de prefeito de Manaus, que considera “a metrópole da Amazônia”, ficando de 2013 a 2020, sendo que já havia estado na mesma função entre 1989 e 1992. Ocupou a cadeira de senador da República entre 2003 e 2011. Foi Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República do governo Fernando Henrique Cardoso e de deputado federal nos anos 1980 e 1990. “Uma vida dedicada aos interesses do meu país Brasil e do meu país Amazonas em primeiro lugar”, reforçou o árduo defensor dos incentivos à Zona Franca de Manaus e do desenvolvimento econômico e sustentável da Amazônia.
Propostas
Uma das primeiras intenções que Virgílio apresentou como candidato ao Senado pela federação PSDB-Cidadania foi resgatar uma Proposta de Emenda Constitucional de sua autoria, apresentada em 2004, em seu segundo ano como senador, visando mudar o nome Zona Franca de Manaus – forte bandeira de sua luta – para Polo Industrial da Amazônia Brasileira. “Passou facilmente no Senado, depois deixei de ser senador e não sei o que fizeram na Câmara. Mas vamos resgatar e tirar essa impressão de comércio de bugigangas estrangeiras e colocar esse nome para que o Brasil acorde para o fato de que ele também é sócio do desenvolvimento sustentável da Amazônia e, claro, do Amazonas”, alertou.
Outra proposta anunciada no decorrer de inúmeras visitas que Arthur fez aos municípios amazonenses durante sua pré-campanha e campanha é que será feito um levantamento dos ramais e vicinais sem infraestrutura e que dificultam e até impedem o escoamento da produção rural no interior. Se eleito senador, ele irá direcionar recursos de emendas parlamentares para a recuperação dessas áreas. “Serão emendas claras e transparentes para recuperar esse instrumento tão importante para o produtor do nosso interior e que tanto sofre por falta de alternativas econômicas e geração de emprego e renda”, explicou.
De forma geral, o ex-senador tem repetido incessantemente que “é preciso resgatar o respeito [mote de sua campanha] ao Amazonas” e que sente falta na bancada amazonense do Senado de uma “voz firme, atuante e respeitada” como já foi outrora, segundo ele. O diplomata de carreira e versátil político também se preocupa com temas como fome, geração de emprego e renda, investimento em ciência e tecnologia, proteção às florestas e rios amazônicos e, claro, com a qualidade de vida das pessoas, como mulheres, crianças, pretos, LGBTQIA+ “e, sobretudo, com minhas irmãs e meus irmãos amazônidas”.
“Deixei meu último cargo público há pouco mais de um ano e meio, com conquistas e reconhecimentos nacionais, incluindo a de gestão pública mais ajustada e equilibrada fiscalmente e de previdência municipal mais segura entre as capitais brasileiras. Nesse tempo não deixei de circular por Manaus, pelo Amazonas e até pelo Brasil – e as prévias me deram essa grande oportunidade – e isso tudo, somado aos meus 45 anos de vida pública, reavivou em mim a vontade de contribuir ainda mais e no lugar que considero onde devem estar pessoas experientes deste país, no Senado Federal”, concluiu o tucano.
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