O Fluminense é campeão da Libertadores da América 2023! Em um Maracanã lotado, o Tricolor não decepcionou seus torcedores e derrotou o Boca Juniors por 2 a 1 na prorrogação, em final realizada neste sábado, 4.
No tempo regulamentar, Germán Cano abriu o placar no primeiro tempo, mas Advíncula deixou tudo igual na etapa complementar. Coube, então, ao jovem John Kennedy, talismã do treinador Fernando Diniz, decidir no tempo extra. Aos 9 minutos, o garoto recebeu de Keno e soltou uma bomba, no canto do goleiro Romero. JK, é verdade, foi punido com um segundo cartão amarelo por comemorar com a torcida.
Ainda assim, o Boca não conseguiu aproveitar a vantagem numérica por muito tempo, já que Fabra foi expulso por agredir Nino. No fim, os tricolores seguraram a pressão dos Xeneizes e fizeram a festa de uma multidão. Com o resultado, a equipe carioca conquista o principal torneio da América do Sul pela primeira vez e entra para o grupo de campeões. Já o Boca, hexa na competição, desperdiça a oportunidade de alcançar o Independiente como maior vencedor.
Germán Cano brilha num primeiro tempo morno
A primeira etapa não foi muito movimentada no Maracanã. Apesar de dominar a posse de bola no início, o Fluminense encontrou dificuldades para superar a defesa adversária, cometendo muitos erros nos passes e cruzamentos. A primeira finalização ocorreu somente aos 13 minutos, com Germán Cano cabeceando nas mãos de Romero. Dois minutos depois, o Boca respondeu com sua única oportunidade mais clara. Merentiel experimentou de longa distância, mas parou em Fábio. Estrela da equipe “hermana”, Cavani pouco apareceu e quase não incomodou os zagueiros Nino e Felipe Melo. O mesmo não pode ser dito de Cano. Aos 35 minutos, o artilheiro da Libertadores recebeu de Keno e bateu cruzado, no canto do arqueiro rival. Os Xeneizes até tentaram sair mais para o ataque no fim, mas pararam numa defesa bem armada pelo técnico Fernando Diniz.
Trocação franca
Sem outra alternativa, o Boca Juniors adiantou suas peças e se lançou ao ataque no segundo tempo. A nova postura do time argentino deixou o confronto completamente aberto, com as duas equipes criando oportunidades. Os Xeneizes assustaram com arremates de Merentiel, Advíncula e Equi Fernández, enquanto o Fluminense quase “fechou o caixão” com André – Romero fez boa defesa. Com o cenário indefinido, o Boca conseguiu o empate aos 27 minutos. Pela direita, Advíncula avançou com liberdade, levou para a canhota e bateu no canto de Fábio. O empate deu uma acalmada nos ânimos dos dois times, que passaram a se arriscar menos, já visando a disputa da prorrogação. Ainda assim, o time de Fernando Diniz teve uma chance de ouro no último lance. Diogo Barbosa recebeu boa assistência de Lima, mas chutou para fora a chance de ganhar o título no tempo normal.
John Kennedy brilha na prorrogação
O Fluminense foi para cima na prorrogação e foi recompensado com um golaço. Aos 9 minutos, Keno recebeu lançamento de Diogo Barbosa e ajeitou para John Kennedy. De primeira, o jovem mandou para o fundo das redes, marcando um golaço. Na comemoração, porém, o jovem celebrou com a torcida, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Só não foi tão ruim para o Tricolor porque, cinco minutos depois, Fabra deu um tapa no rosto de Nino e também foi advertido com o vermelho. No segundo tempo da prorrogação, os argentinos até tentaram a igualdade, mas não superaram a marcação do Flu. No fim, Guga ainda acertou a trave, desperdiçando a chance do terceiro. O Flu, porém, garantiu o título com muita personalidade e garra.