Geralmente, os primeiros sinais de esclerose múltipla são difíceis de identificar, o que pode levar a diagnósticos tardios. No entanto, um estudo recente descobriu que pessoas com esclerose múltipla têm quase o dobro de chances de desenvolver doenças mentais nos anos anteriores ao aparecimento da doença. O estudo foi publicado na revista Neurology.
Especificamente, os autores do estudo concluíram que doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão, podem estar associadas a uma fase prodrómica da esclerose múltipla, que é um conjunto de sintomas que aparecem antes dos sintomas clássicos da doença.
“Se pudermos identificar a esclerose múltipla mais cedo, o tratamento pode começar mais cedo”, disse Helen Tremlett, pesquisadora principal do estudo, citada pelo StudyFinds. “Isso tem um enorme potencial para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida das pessoas.”
Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram os registros de saúde de quase 7.000 pessoas com esclerose múltipla na Colúmbia Britânica, Canadá. Eles se concentraram especificamente na taxa de problemas de saúde mental (depressão, ansiedade e esquizofrenia) nos cinco anos anteriores ao aparecimento dos sintomas mais conhecidos da doença.
Com base nessas informações, os resultados revelaram que pessoas com esclerose múltipla (28%) foram diagnosticadas com doenças mentais a uma taxa quase duas vezes maior do que a da população em geral (14,9%).