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    Meio Ambiente

    Estudo do Instituto Pólis e Aliança Resíduo Zero Brasil desmonta mitos sobre incineração e alerta: tecnologia é cara, poluente e ameaça empregos da reciclagem

    Redação Fatos AMBy Redação Fatos AM29 de outubro de 2025Nenhum comentário8 Mins Read
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    Publicação mostra que incinerar resíduos urbanos custa até 8 vezes mais que gerar energia solar, emite 20 vezes mais CO₂ que a matriz elétrica brasileira e reduz drasticamente os postos de trabalho na cadeia de reciclagem;

    Enquanto a incineração consome altos volumes de energia e libera poluentes, a compostagem transforma resíduos orgânicos em adubo e reduz emissões de gases do efeito estufa – Belém, sede da COP30, vai receber primeiro sistema público de compostagem por meio de iniciativa do Pólis

    São Paulo (SP), 29 de outubro de 2025 – A incineração de resíduos sólidos urbanos, frequentemente apresentada como solução tecnológica de ponta para o problema do lixo, pode representar um retrocesso ambiental, econômico e social para o Brasil. É o que aponta o estudo “Recuperação Energética de Resíduos Sólidos Urbanos: Mitos e Fatos sobre Incineração e Outras Formas de Tratamento Térmico”, publicado hoje pelo Instituto Pólis e pela Aliança Resíduo Zero Brasil, com apoio da GAIA (Global Alliance for Incinerator Alternatives) e do Urban Movement Innovation Fund. O levantamento demonstra que o modelo, além de altamente poluente, é financeiramente inviável e gera impactos negativos para a saúde pública e para o trabalho de catadores de materiais recicláveis.

    Lançado às vésperas da COP 30, a primeira Conferência do Clima da ONU sediada na Amazônia, o estudo do Instituto Pólis surge em um momento estratégico para o debate ambiental global. A publicação reforça a urgência de priorizar soluções realmente sustentáveis para a gestão de resíduos urbanos, num contexto em que o Brasil se prepara para apresentar compromissos climáticos renovados e políticas de transição justa.

    O relatório evidencia que a queima de resíduos gera apenas 1,7 emprego a cada 10 mil toneladas de lixo, enquanto a reciclagem semi-mecanizada cria 321 empregos no mesmo volume, além de preservar energia e reduzir a extração de matérias-primas. O conteúdo completo da pesquisa está disponível aqui. 

    A incineração envolve a queima de resíduos como papel, plástico e restos de alimentos, tanto comerciais como residenciais, para produzir eletricidade. Adicionalmente à geração de energia, produz cinzas, dióxido de carbono, poluentes atmosféricos e outros resíduos tóxicos.

    De acordo com os dados apresentados no estudo, o custo de instalação de uma planta de incineração no Brasil varia entre R$ 14.500 e R$ 27.000 por kW, enquanto a energia solar custa de R$ 2.500 a R$ 5.000 por kW — ou seja, o mesmo investimento poderia gerar em média até 8 vezes mais energia se direcionado à energia solar. Além disso, a incineração pode emitir até 1.707g de dióxido de carbono por kWh, contra 88g da média da matriz elétrica brasileira, que é predominantemente renovável.

    Os números do estudo evidenciam que a incineração aumenta o custo da energia elétrica para os consumidores. De acordo com dados globais, é uma das formas mais caras de se gerar energia, com custos quase quatro vezes maiores do que a energia solar e eólica, mais que o dobro do gás natural e 25% superiores aos da energia a carvão.

    Em países de renda média semelhante à brasileira, a incineração custa de 3 a 10 vezes mais por tonelada (dólares/tonelada) para tratar os resíduos em comparação à reciclagem/compostagem ou aterro sanitário.

    “A incineração não é uma solução moderna nem sustentável. É cara, polui, destrói materiais que poderiam ser reciclados e cria dependência de modelos ultrapassados de gestão de resíduos”, afirma Elisabeth Grimberg, coordenadora do Instituto Pólis e uma das autoras do estudo.

    Impactos sociais e ambientais

    O estudo destaca que a incineração gera poluentes tóxicos e cinzas contaminadas com metais pesados, exigindo destinação a aterros classe I — os mesmos que recebem resíduos perigosos. Em diversos países, estudos apontam níveis elevados de dioxinas, furanos e PFAS (substâncias químicas persistentes) em comunidades próximas a incineradores, com casos de câncer, doenças respiratórias e impactos reprodutivos.

    Nos Estados Unidos, 8 em cada 10 incineradores estão instalados em áreas de predominância de população negra, indígena ou de baixa renda, evidenciando um quadro de racismo ambiental.

    Os resíduos brasileiros possuem aproximadamente 43% de fração orgânica, tendo um teor de umidade maior que os resíduos de países ricos. É preciso secar os resíduos para queimá-los e isso gera custo e energia adicional para unidades de incineração, além de destruir matéria nobre que poderia estar sendo destinada à compostagem e tornar-se adubo orgânico numa cadeia circular virtuosa.

    Alternativas sustentáveis

    O estudo reforça que o Brasil não depende da incineração para garantir segurança energética – ainda que queimando 9.875 toneladas de resíduos por dia geraria apenas 0,1% da capacidade instalada nacional. Já a reciclagem associada à biodigestão possui seis vezes mais potencial de aproveitamento energético que a incineração.

    Além de ser ineficiente, a incineração compete com a reciclagem e a compostagem, reduzindo o acesso dos catadores a materiais recicláveis e colocando em risco milhares de postos de trabalho em cooperativas e empreendimentos locais.

    Europa e EUA recuam; Brasil ainda avalia adotar

    Apesar de frequentemente citada como modelo, a União Europeia já retirou a incineração de seus fundos sustentáveis e nove países cobram taxas sobre o processo, enquanto outros cinco não possuem incineradores em operação. Nos EUA, 53 incineradores foram desativados desde 2000, principalmente por inviabilidade econômica e resistência das comunidades locais.

    O relatório do Pólis alerta que importar essa tecnologia para o Brasil pode gerar um “efeito lock-in”: contratos de longo prazo (20 a 30 anos), que obrigam as cidades a manter altos volumes de lixo queimado para garantir o retorno financeiro dos investidores — o que contraria a Política Nacional de Resíduos Sólidos e desestimula a economia circular.

    Na COP 30, Belém recebe primeiro sistema público de compostagem

    A capital do Pará passará a contar com a primeira unidade pública de compostagem de resíduos orgânicos da cidade. O sistema será implementado pelo Instituto Pólis, com o apoio do Global Methane Hub (GMH), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), da Prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (SEZEL), por meio da Secretaria Executiva de Inclusão Produtiva e do SEBRAE. A instalação será concluída antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro, e permanecerá como legado para a capital paraense e referência para a Região Norte.

    Além de atender à demanda da COP 30 — que deverá gerar cerca de 5 toneladas diárias de resíduos orgânicos durante 12 dias de evento —, a iniciativa busca integrar cooperativas de catadores, agricultores familiares e projetos locais já existentes, como Composta Belém, Compostagem na Real e Usinas da Paz. O composto produzido será destinado principalmente à agricultura familiar, fechando o ciclo do aproveitamento de resíduos.

    Segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG, 2022), a disposição de resíduos orgânicos em aterros e lixões é a segunda maior fonte de metano no Brasil, respondendo por quase 10% das emissões do gás no país. Em Belém, o cenário é ainda mais crítico: os resíduos orgânicos representam 31,5% das emissões de GEEs e 99% das emissões de metano do município.

    O objetivo da iniciativa do Instituto Pólis é fortalecer a reciclagem de resíduos orgânicos e consolidar a compostagem como uma solução contínua para a cidade de Belém, tendo em vista a necessidade de mais políticas públicas e incentivos voltados à gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU). Articulada com políticas públicas e parcerias locais, a unidade será capaz de desviar os resíduos orgânicos do aterro, evitando emissões de gases de estufa (GEEs), além de promover a transição justa no setor, através da geração de renda e inclusão de catadoras/es de materiais recicláveis no sistema.

    “A compostagem realizada com catadores representa uma oportunidade estratégica para ampliar a reciclagem de resíduos orgânicos no Brasil, especialmente considerando que cerca de 90% da reciclagem de resíduos secos já é conduzida pelo trabalho dos catadores e catadoras. Ao integrá-los nesse processo, é possível promover uma transição justa na gestão de resíduos, com benefícios socioambientais relevantes”, explica Victor Argentino, coordenador de projetos da equipe de resíduos sólidos e agroecologia do Instituto Pólis.

    Sobre o Instituto Pólis | Organização da sociedade civil (OSC) de atuação nacional, constituída como associação civil sem fins lucrativos, apartidária e pluralista. Desde sua fundação, em 1987, o Pólis tem a cidade como lócus de sua atuação. A defesa do Direito à Cidade está presente em suas ações de articulação política, advocacy, formação, pesquisas, trabalhos de assessoria ou de avaliação de políticas públicas, sempre atuando junto à sociedade civil visando o desenvolvimento local na construção de cidades mais justas, ambientalmente equilibradas sustentáveis e democráticas. São mais de 30 anos de atuação com equipes multidisciplinares de pesquisadores que também participam ativamente do debate público em torno de questões sociais urbanas. Aproxime-se https://polis.org.br/  

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