Gabriel Ketzer da Silva, foi preso na manhã desta terça-feira (29) suspeito de atuar como falso médico. Ele prestava atendimento clandestino a crianças em várias unidades de emergência e urgência de saúde na capital amazonense.
A operação foi desencadeada após denúncias anônimas que apontaram a atuação irregular do suspeito na região metropolitana de Manaus. Com base nas informações recebidas, a equipe do 1º DIP iniciou um levantamento minucioso, incluindo a análise das redes sociais do investigado, o que levou à identificação de pacientes atendidos por ele.
Durante as investigações, a polícia conseguiu entrar em contato com várias famílias cujos filhos foram atendidos pelo falso médico. Os relatos confirmaram que o suspeito se apresentava como pediatra, realizando consultas e procedimentos médicos em crianças, o que alarmou as autoridades sobre os riscos à saúde dos pacientes.
Após coletar evidências suficientes, a equipe policial solicitou a prisão preventiva do suspeito e realizou buscas em sua residência, bem como em uma entidade beneficente onde ele atuava como médico voluntário. A operação resultou na apreensão de materiais e documentos que reforçam as acusações contra ele.
O delegado responsável pela operação, Cícero Túlio, informou que o suspeito já era conhecido das autoridades, tendo sido preso anteriormente em 2020 por se passar por oficial das Forças Armadas, utilizando fardamento militar. “Estamos desdobrando as investigações para identificar outros envolvidos nesse esquema, incluindo médicos que possam ter conhecimento da inabilidade técnica do suspeito,” afirmou o delegado.
As investigações revelam que o falso médico atuava há pelo menos dois anos, utilizando sua posição em uma fundação que oferece atendimentos médicos voluntários para captar pacientes. Além disso, ele coletava informações em hospitais universitários, contatando posteriormente essas crianças para consultas.
A Operação Hipócrates é um alerta sobre a importância da verificação da habilitação de profissionais de saúde e o cuidado que as famílias devem ter ao buscar atendimento médico. O suspeito permanece à disposição da Justiça e responderá pelos crimes de falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina.
As autoridades pedem que qualquer pessoa que tenha informações sobre o caso ou que tenha sido atendida pelo suspeito se apresente à delegacia para colaborar com as investigações.
Fonte: AM POST