Roger Moreira, filho adotivo do renomado jornalista Cid Moreira, tornou público uma série de acusações graves contra o pai. Em um processo movido na Justiça, Roger acusa Cid Moreira de tê-lo estuprado repetidamente ao longo de uma década durante sua adolescência.
Segundo o relato de Roger, os abusos começaram quando ele tinha apenas 14 anos, em 1990, e perduraram até 2000. Os terríveis acontecimentos teriam ocorrido na residência da família, localizada no condomínio Green Wood Park, no bairro do Itanhangá, no Rio de Janeiro. O jovem alega ter sido vítima de abuso sexual em nada menos que 1.920 ocasiões, ocorrendo aproximadamente quatro vezes por semana ao longo desses angustiantes anos.
A história ainda mais perturbadora revela que os abusos teriam sido encobertos por Cid Moreira ao adotar Roger como seu filho, numa tentativa de mascarar os atos repugnantes sob uma fachada de normalidade familiar. “De forma a encobrir a prática de abusos contra a vítima, propôs ação de adoção, de forma a apresentar socialmente uma explicação do porque estava sempre em companhia da vítima, especialmente em razão das desconfianças que estavam sendo levantadas”, afirma a defesa de Roger no processo.
Além das acusações de abuso, os filhos biológicos de Cid Moreira, Rodrigo e Roger, também entraram na Justiça contra o pai, alegando alienação parental e exigindo uma investigação contra Fátima Sampaio, esposa do jornalista. Segundo os herdeiros, a mulher estaria “dilapidando o patrimônio” do veterano, o que levou Rodrigo a requerer uma indenização de R$ 1 milhão pela suposta alienação parental.
Apesar da gravidade das acusações, é importante destacar que o crime de estupro prescreve em 20 anos no Brasil, o que pode afetar as possibilidades legais de punição. Até o momento, a defesa de Cid Moreira não se pronunciou sobre o processo movido por Roger.
AM POST