O ambiente no Maracanã era de pressão sobre Paulo Sousa, protestos contra o técnico e a diretoria, e pedidos por Jorge Jesus. Mas o Flamengo mais uma vez sobrou em um jogo de Libertadores, e confirmou a classificação às oitavas de final de forma invicta com uma vitória tranquila e boa atuação diante da Universidad Católica: 3 a 0.
Com uma postura dominante, fez 2 a 0 ainda no primeiro tempo, gols de Arão e Éverton Ribeiro, e terminou o jogo com controle quase total. Pedro ampliou. Agora, o time chega a 13 pontos no grupo H e terá o Sporting Cristal como último compromisso para igualar a campanha histórica de 2007. No fim de semana, o Flamengo volta atenções ao Brasileiro, que tem tido campanha ruim, diante do Goiás, também no Rio.
Em que pese a fragilidade do adversário, o domínio rubro-negro pelo torneio sul-americano passou pelas escolhas de Paulo Sousa e pela entrega do time. O técnico manteve a formação tática recente, com dois zagueiros e laterais de ofício, e deu mais leveza ao meio-campo com o retorno de Andreas no lugar de João Gomes.
A estratégia só daria certo com o comprometimento tático dos homens de frente, e ele veio. A pressão na marcação desde a saída de bola perdurou mais tempo do que nos últimos jogos, e permitiu que o Flamengo a roubasse com mais facilidade, trocasse passes até achar os espaços, e concluísse a gol mais vezes.
Tirando os gols perdidos por Gabigol, o ataque funcionou tanto na construção pelos lados, nas jogadas aéreas, e nas ultrapassagens de Matheuzinho e Ayrton Lucas. Tudo passando nos pés de Andreas, que desafogou Arrascaeta e Éverton Ribeiro.
Os meias puderam se dedicar à marcação e dividir responsabilidades de criação com o volante e os laterais. Em poucos momentos a transição defensiva quebrou, com apuros causados pela Católica. Em um deles, Hugo errou o tempo da bola e ela pegou na trave. O goleiro foi mantido por Paulo Sousa e enfrentou vaias o jogo quase inteiro.
Na etapa final, o Flamengo recuou as linhas e tentou aproveitar os espaços no contra-ataque. Não teve o mesmo ímpeto agressivo. Do meio para o fim do segundo tempo Paulo Sousa mexeu no ataque e o time voltou a criar, sem Hugo levar qualquer susto além de bolas levantadas na área. As cobranças no fim deram lugar a aplausos com o golaço de Pedro, que aproveitou nova oportunidade e lembrou de todo seu repertório. Recebeu, driblou de direita e acertou o ângulo com a canhota.
FONTE: EXTRA