A classificação à final da Copa do Brasil foi usada pelo Flamengo como um escudo em meio à crise catapultada pela troca de socos entre Gerson e Varela.
O QUE ACONTECEU
A vitória sobre o Grêmio, por 1 a 0, fez com que jogadores e membros da diretoria amenizassem ainda mais o tom a respeito do episódio no dia anterior.
O vice de futebol Marcos Braz passou na área onde estavam os jornalistas disposto a falar só sobre a classificação à final e reforçou a visão de que a briga foi coisa de “treino bem acirrado”.
Braz ainda disse que, em vez de punir os jogadores que brigaram, o momento é de comemorar.
O zagueiro Fabrício Bruno falou antes do dirigente que o time “soube absorver bem o que passou” e fez “um grande jogo”.
A narrativa de que não há problemas no presente do Flamengo começou a ser construída na comemoração do gol de Arrascaeta, quando os jogadores se abraçaram e chamaram o técnico Jorge Samapoli para a rodinha.
SAMPAOLI MAIS SINCERÃO
Na coletiva, o técnico Jorge Sampaoli adotou um tom com menos filtro para descrever o quanto o ambiente do Flamengo pode mudar em tão pouco tempo.
“Aqui, um mês é como se fosse um ano”, disse o argentino, acrescentando em uma outra resposta:
O futebol é um circo romano quente. As pessoas vêm para levantar o polegar ou abaixar, não há meio-termo. Quando se fala de violência, isso é muito violento. As pessoas precisam dessa violência para viver, somos parte disso.
O QUE RESTA PARA O FLAMENGO NO ANO
A final da Copa do Brasil se tornou o título mais palpável do Flamengo em 2023. O time está 15 pontos atrás do Botafogo no Brasileirão, mas terá uma decisão em setembro contra o São Paulo no mata-mata.
Ir à final ameniza frustrações financeiras por conta da saída precoce da Libertadores e é a chance de levantar um troféu numa temporada em que o time ficou sem título em cinco competições.
O próximo jogo do Flamengo é contra o Coritiba, fora de casa, pelo Brasileiro. A partida será domingo (20), às 16h. O Coxa está na zona de rebaixamento.