A investigação em curso sobre a comercialização de produtos químicos pela empresa Anidrol Produtos para Laboratórios LTDA, cujos sócios-administradores incluem o influencer Renato Cariani e Roseli Dorth, revela uma conexão alarmante. A empresa é acusada de manter ligações com um homem identificado como Fábio Spínola, detido em uma operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas em maio deste ano.
Segundo fontes ligadas à investigação, Fábio Spínola atuou como intermediário, apresentando-se como Augusto Guerra, um suposto comprador de produtos químicos da AstraZeneca. A Anidrol, comandada por Cariani, teria vendido insumos que poderiam ser utilizados na fabricação de drogas.
A investigação aponta para o envolvimento de pelo menos outras duas empresas de fachada no esquema de desvio de produtos químicos, utilizadas por pessoas associadas ao esquema. A AstraZeneca, por sua vez, foi indevidamente associada ao processo, levando a Receita Federal a iniciar uma investigação sobre o uso indevido de seu nome.
As evidências indicam que a Anidrol emitiu notas fiscais para pagamentos realizados em dinheiro em espécie, referentes a insumos suspeitos de serem utilizados na produção de drogas, como crack. Renato Cariani, em suas redes sociais, alegou que a substância em questão era destinada à indústria química.
As autoridades alertaram Cariani, informando-o de que a empresa compradora não era a AstraZeneca. O influencer apresentou, em sua defesa, trocas de e-mails que continham o domínio “@astrazeneca.com.br”. Contudo, a Polícia Federal afirma ter provas de que o domínio foi adquirido pelo falso representante da farmacêutica.
Mesmo após os alertas, a Anidrol prosseguiu com as negociações e emissão de notas fiscais relacionadas à comercialização de produtos químicos. O caso continua sob investigação, e as autoridades buscam esclarecer a extensão do envolvimento da empresa de Renato Cariani no esquema.