Entre os dias 1º de agosto e 4 de setembro, o Governo de Roraima, sob a coordenação da Secretaria da Segurança Pública e com o apoio e parceria das demais forças de segurança, sendo: Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militares, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Estadual de Trânsito, prefeituras municipais e sociedade civil, participou ativamente da Operação Shamar 2025, iniciativa nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
A Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, responsável pela operação, ressaltou que em âmbito nacional, a Operação Shamar resultou no cumprimento de 12.207 prisões e no atendimento a 81.368 vítimas de violência doméstica e familiar.
No mesmo período, foram acompanhadas 53.188 medidas protetivas de urgência e as diligências resultaram ainda na apreensão de 2,5 toneladas de drogas, 632 armas de fogo, 11.902 munições e 648 armas brancas, retirando de circulação instrumentos usados em crimes de violência doméstica. O balanço das atividades foi divulgado na última terça-feira, 9, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Resultados em Roraima
Durante pouco mais de um mês de atividades no Estado, os órgãos de segurança e instituições parceiras mobilizaram ao todo 145 agentes de segurança pública, além de 112 profissionais de órgãos parceiros, empregando 46 viaturas e 43 veículos de apoio.
O trabalho resultou em 46.475 pessoas alcançadas em palestras, rodas de conversa, panfletagens e ações educativas digitais. Também foram apreendidas 17 armas, entre espingardas, armas brancas e uma arma artesanal, além da realização de 230 prisões, sendo 98 em flagrante, 17 por mandado de prisão preventiva, 5 civis e 110 suspeitos conduzidos.
A operação contabilizou ainda 101 exames periciais em casos de lesão corporal e violência sexual e 1.334 procedimentos policiais registrados, incluindo 475 boletins de ocorrência na Polícia Civil, 475 na Polícia Militar, 256 medidas protetivas solicitadas e 92 inquéritos concluídos. Ao longo das ações, 390 vítimas foram atendidas diretamente durante diligências e iniciativas de apoio.
Além das apreensões, a operação também priorizou atividades de prevenção e sensibilização, fundamentais no combate à violência de gênero. Entre as mobilizações realizadas destacaram-se o Dia D da Operação Shamar em Caracaraí (07/08); a Caminhada pelo Fim da Violência contra a Mulher em Rorainópolis (21/08); e a 1ª Corrida Agosto Lilás em Boa Vista (30/08). Esses eventos reuniram órgãos públicos e sociedade civil em uma agenda de fortalecimento da rede de apoio e incentivo à denúncia.
De acordo com a secretária da Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública), Carla Jordanna Rodrigues, embora a Operação Shamar tenha sido oficialmente encerrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, as ações de combate à violência contra a mulher continuarão sendo realizadas no Estado.
“Em breve, uma equipe seguirá para a região do baixo Rio Branco, visitando comunidades ribeirinhas e indígenas, a fim de promover palestras de sensibilização sobre o tema, uma preocupação crescente para gestores em todo o país diante do aumento expressivo desses crimes”, disse.
Carla destacou ainda que as ações da Operação Shamar, desenvolvidas em agosto no Estado, obtiveram resultados significativos, alcançando cerca de 50 mil pessoas por meio de palestras e campanhas educativas.
“Tivemos várias prisões, com cumprimento de mandados de busca e de prisão de infratores, além da aplicação de medidas protetivas. Ao todo, foram mais de 250 medidas protetivas expedidas pelo Judiciário, garantindo mais segurança e acolhimento às mulheres. Os números são expressivos e, visando assegurar essa proteção contínua, decidimos manter as ações, de forma integrada entre as forças de segurança, ao longo de todo o ano. Com isso, temos certeza de que conseguiremos reduzir ainda mais os índices de violência contra a mulher em nosso estado”, afirmou.
A iniciativa
O nome “Shamar”, de origem hebraica, significa cuidar, guardar, proteger, vigiar e zelar, traduzindo a missão da ação. As ações desenvolvidas pelas forças de segurança reafirmam o compromisso do Governo do Estado e instituições parceiras em proteger as mulheres e enfrentar todas as formas de violência doméstica e familiar. E em Roraima, os resultados demonstram a eficácia das atuações integradas e a importância do engajamento da sociedade no enfrentamento ao problema.
Canais de denúncia
O Governo de Roraima reforça a importância de denunciar casos de violência contra a mulher. Em situações de risco imediato, à vítima ou testemunhas devem acionar o 190 ou procurar uma delegacia especializada.
Outra opção é o Ligue 180, Central de Atendimento à Mulher do Ministério das Mulheres, que oferece escuta qualificada, orientação e acolhimento. O serviço é gratuito, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, e pode ser acionado por vítimas ou qualquer pessoa que tenha conhecimento da violência.
As denúncias fortalecem a rede de proteção e contribuem para a responsabilização dos agressores.
SECOM RORAIMA
JORNALISTA: Salete Giacomet
FOTOGRAFIA: Ascom/Sesp