A mudança brusca de temperatura, intitulada tecnicamente como amplitude térmica, traz efeitos recorrentes no outono e inverno. Essas mudanças climáticas costumam deixar as pessoas com imunidade baixa, aumentando o risco de doenças respiratórias, sobretudo em crianças e idosos.
Em Brasília nesta época do ano os efeitos da amplitude térmica são notórios, já que as noites, madrugadas e manhãs são mais frias, sendo que as tardes continuam quentes. Fenômeno normal, por exemplo, em desertos, devido à falta de umidade. Já em algumas regiões do Brasil, esse efeito também pode ser significativo, como o caso da Capital Federal, que apresenta uma localização geográfica diferenciada por estar no Planalto Central, a 1.100 metros acima do nível do mar.
O otorrinolaringologista da OtorrinoDF, Stênio Ponte, explica que quando a temperatura esfria, nosso corpo gasta mais energia para se manter aquecido e a nossa capacidade defensiva pode ser reduzida. “Os ambientes fechados na maior parte do dia passam a ser outra ameaça: a falta de renovação de ar facilita a transmissão de vírus. Fora isso, doenças respiratórias como faringite, sinusite, bronquite, asma e pneumonia são comuns nessa época”, afirma.
Ainda de acordo com o médico, durante esses períodos, é muito importante evitar ambientes com aglomeração de pessoas e com pouca ventilação. Não se expor ao sol entre 11h da manhã e 15h da tarde. Ingerir bastante líquido e, se possível, usar um aparelho umidificador em casa com orientação médica.
FONTE: JORNAL DE BRASÍLIA