Um caso de violência no bairro Colônia Terra Nova, zona Norte de Manaus, está gerando revolta e preocupação na comunidade local. Um homem, que se apresenta como ex-militar, é acusado de agredir um estudante de 14 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) enquanto o adolescente voltava da escola. O ataque ocorreu por volta das 11h20 da última quarta-feira (19), quando o jovem foi abordado e agredido com um pedaço de madeira, socos e tapas.
De acordo com a mãe da vítima, o adolescente não reagiu à agressão e ficou completamente surpreso com a atitude do homem. Ela relatou que o filho estava indo para casa, com seu uniforme escolar, quando foi atacado sem aviso. A mulher descreveu a cena como um “momento de terror”, ressaltando que o adolescente ficou em choque e sem entender o motivo da violência.
O agressor, que alegou ser ex-militar, justificou sua atitude alegando que, diariamente, crianças estariam chutando o portão de sua casa entre 11h e meio-dia. Insatisfeito com a situação, o homem teria planejado uma emboscada, com a ajuda de sua esposa e filho, para flagrar os responsáveis. Durante a tentativa de emboscada, três crianças passaram e chutaram o portão, mas fugiram rapidamente. Pouco depois, o adolescente, que não tinha qualquer envolvimento com os incidentes anteriores, passou pelo local e o agressor, acreditando erroneamente que ele fosse um dos culpados, partiu para a agressão.
Felizmente, uma mulher que presenciou a cena percebeu que o jovem era autista e interveio imediatamente. Ela conseguiu impedir que o homem continuasse o ataque e acompanhou o estudante até sua residência, onde ele foi acolhido pela mãe. No entanto, o agressor tentou persegui-los por algum tempo, mas não conseguiu alcançar a vítima.
O caso gerou grande comoção na comunidade, especialmente em razão da gravidade da situação envolvendo uma criança com TEA, que é mais vulnerável a ataques e discriminação. As autoridades foram acionadas e o agressor pode ser responsabilizado não apenas por agressão, mas também por discriminação de pessoa com deficiência, conforme as leis que protegem os direitos das pessoas com transtornos do espectro autista.
A polícia investiga o caso, e o agressor pode responder por lesão corporal, violência de gênero e possível discriminação. Além disso, o Ministério Público também acompanha a situação.
FONTE: AM POST