Na madrugada do último domingo (28/4), o cozinheiro João Alexandrino, de 31 anos, foi vítima de um estupro quando saía de sua residência para ir ao trabalho. O crime aconteceu em Campinas, no interior de São Paulo, e foi registrado por uma câmera de segurança do prédio onde João mora. Desde então, ele tomou uma decisão incomum, mas corajosa: expôs o vídeo do ataque nas redes sociais, com o objetivo de incentivar outras vítimas a denunciar crimes semelhantes.
As imagens captadas pela câmera mostram João Alexandrino saindo pelo portão do prédio para esperar um motorista de aplicativo. Na calçada, um homem aguardava. Sem desconfiar de nada, João achou que o homem fosse um morador do mesmo prédio. No entanto, o que parecia ser uma simples espera na calçada transformou-se rapidamente em um momento de violência e trauma para João.
Apesar do trauma vivido, João decidiu compartilhar sua história. Ele explica que a decisão de expor o vídeo foi motivada pelo desejo de impedir que outras pessoas enfrentassem a mesma situação e para ajudar a levar o agressor à justiça. “Eu decidi expor o que aconteceu comigo, porque não quero que mais uma pessoa saia impune. Ele tem que pagar pelo que fez. Meu objetivo era mostrar para quem já sofreu esse tipo de abuso que é preciso ter coragem para denunciar. A ideia foi incentivar essas pessoas”, disse João em uma entrevista ao Metrópoles.
O cozinheiro revelou que, no começo, hesitou em divulgar o vídeo devido ao medo de ser julgado nas redes sociais. “Eu cheguei a ficar preocupado com algum tipo de julgamento que poderiam fazer em relação a mim, mas eu não estou ligando para esse povo”, explicou João. Para ele, é mais importante mostrar a realidade do crime e a necessidade de denunciar.
A divulgação do vídeo do estupro provocou reações nas redes sociais e na comunidade local. Enquanto algumas pessoas elogiaram a coragem de João e o apoiaram em sua decisão de expor o ataque, outras questionaram a exposição do vídeo, levantando questões sobre a privacidade e a segurança da vítima. Mesmo diante das críticas, João permanece firme em sua decisão, acreditando que a exposição pode ajudar a identificar o agressor e, assim, evitar que outras pessoas sejam vítimas do mesmo homem.
As autoridades locais estão investigando o caso, mas até o momento, o suspeito não foi identificado. A polícia de Campinas pediu a colaboração da população para identificar o agressor. Qualquer pessoa com informações sobre o caso é incentivada a entrar em contato com as autoridades para ajudar na captura do criminoso.
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