Kelly Silva, uma jovem de 27 anos, foi internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) depois de comer sashimi de tilápia e de salmão em um restaurante de comida japonesa localizado no município de Goianésia, em Goiás, e desenvolver a Doença de Haff, conhecida também como doença da “urina preta”.
De acordo com a família, ela jantou no restaurante no dia 23 de junho e pouco tempo depois começou a passar mal, apresentando sintomas gastrointestinais, como vômito. No dia 24, o estado de saúde de Kelly piorou com ela apresentando endurecimento dos músculos e fortes dores no corpo. Ela permanece internada em um hospital em Goiânia.
Ainda segunda a família da jovem, o estado de saúde é grave, mas estável. O tratamento inclui sessões de hemodiálise, e ela não tem previsão de alta médica.
O que é a Doença de Haff?
Sua origem exata ainda é misteriosa, mas pesquisadores encontraram uma unanimidade:todos os pacientes, mesmo fora do Brasil, consumiram algum animal que vive na água, muitas vezes a doce.
Alguns especialistas já levantaram a suspeita de que ela seja causada por uma bactéria, mas isso é considerado pouco provável. A hipótese mais aceita é que a doença seja causada por algum tipo de toxina, ainda não identificada, que contamine o alimento e provoque o quadro.
Sintomas
Os sintomas da Doença de Haff costumam aparecer entre duas e 24 horas após o consumo de peixe ou crustáceos cozidos.
Além dos incômodos sentidos pelo corpo e a coloração escura da urina, o quadro pode causar insuficiência renal. Isso acontece pois os músculos, quando lesionados, liberam uma substância chamada mioglobina no sangue, o que pode prejudicar os rins (e também é responsável pelo xixi preto).
As sequelas mais graves, no entanto, só costumam acontecer caso o paciente não tenha cuidado rápido e eficiente.
Outras sensações comuns são a falta de ar, dormência, perda da força do corpo.
Exames podem ser pedidos para confirmar o diagnóstico, mas como não se sabe exatamente o que causa a doença, o mais importante será ouvir o histórico dos pacientes.
Por ser rara, identificar a doença pode ser difícil, mas a recomendação é que um profissional de saúde seja procurado assim que os sintomas surgirem.
Como é feito o tratamento
O tratamento é feito com base nas consequências que a doença deixou. Os pacientes geralmente ficam internados e são tratados com reposição de fluidos e suporte intensivo ou semi-intensivos.
Os profissionais de saúde buscam amenizar sintomas como dores, falta de ar e auxiliando a situação dos rins com aparelhos, quando necessário.