A Justiça do Trabalho de Santa Catarina se viu envolvida em uma polêmica após a juíza substituta Kismara Brustolin ser afastada de suas funções em meio a um episódio em que gritou e expulsou uma testemunha durante uma audiência por videoconferência. As imagens do ocorrido, que viralizaram nas redes sociais, levaram à tomada de medidas contra a magistrada.
O vídeo, proveniente de uma audiência realizada no dia 14 de novembro, mostra um momento tenso entre a juíza e a testemunha identificada como ‘Leandro’. Em determinado trecho, a juíza Brustolin demonstra aborrecimento, acusando a testemunha de falta de educação e dirigindo-lhe termos como ‘bocudo’. Alegando que o depoente não teria cumprido com urbanidade e educação, a magistrada exige que ele a trate como “excelência”, o que gera uma reação de resistência por parte do homem.
Diante da discordância da testemunha, a juíza Brustolin eleva o tom de voz, expulsando Leandro da sessão virtual. O vídeo editado, compartilhado intensamente nas redes sociais, acumulou mais de dois milhões de compartilhamentos, gerando uma onda de críticas e debates sobre o comportamento da magistrada.
O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-12) informou que Kismara Brustolin foi afastada das funções, mas não forneceu detalhes sobre a possibilidade de enfrentar procedimentos disciplinares. Até o momento, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não emitiu comentários sobre o assunto.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina (OAB/SC) publicou uma nota oficial, anunciando que solicitou providências ao TRT-12 e afirmou que vai investigar “atitudes e comportamentos agressivos para com os advogados, partes e testemunhas” apresentados por Kismara Brustolin.
AM Post