A Justiça Federal determinou a reintegração da jovem que matou a amiga Isabele Guimarães Ramos, em 2020, ao curso de medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, em São Paulo. Ela havia sido expulsa no dia 16 de fevereiro, mas a defesa entrou com recurso e conseguiu a reversão da decisão nesta terça-feira (27).
O juiz Haroldo Nader, da 6ª Vara Federal de Campinas (SP), determinou que a estudante seja readmitida em até dois dias. A decisão reconhece que a expulsão causou prejuízo acadêmico e impede a jovem de continuar seus estudos.
A Faculdade São Leopoldo Mandic justificou a expulsão alegando que a presença da jovem gerou instabilidade no ambiente acadêmico. A decisão foi baseada no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina.
A jovem cumpriu medida socioeducativa de internação no Lar Menina Moça por pouco mais de um ano. Em 2022, ela foi solta por decisão da Justiça de Mato Grosso.
O advogado da jovem, Artur Barros Osti, argumenta que a expulsão foi discriminatória e desproporcional. Ele afirma que a medida socioeducativa já foi cumprida e que a jovem tem o direito de continuar seus estudos.
A investigação do crime concluiu que a jovem atirou em Isabele com intenção de matá-la. A perícia apontou que a arma estava a uma distância entre 20 e 30 cm do rosto da vítima e que a atiradora estava a 1,44 m de altura.
O processo que tramita na Justiça de Mato Grosso corre em sigilo. A jovem foi indiciada por ato infracional análogo a homicídio doloso e o Ministério Público Estadual pediu sua internação provisória.
Desdobramentos
Ainda não há informações sobre como a Faculdade São Leopoldo Mandic irá reagir à decisão judicial. A jovem ainda enfrenta o processo criminal pelo crime de homicídio.
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