Ele tem um punhado de clássicos na sua filmografia e poderia ter sido um astro de primeira linha, mas preferiu cair fora de Hollywood sendo jovem e célebre. Hoje, da sua fazenda no interior do Estado de Nova York, Kevin
Bacon nos fala sobre viver em paz e escolher só os papéis que o motivam, como o corrupto detetive de ‘City on a hill’
Sim, ele gosta de bacon, bem crocante. E, segundo uma teoria viralizada anos atrás, todo mundo se encontra no máximo a seis graus de separação dele. Sim, é Kevin Bacon (Filadélfia, 62 anos), famoso, a contragosto, por
coisas tão banais como essas. “Famoso por ser famoso”, diz, quase compungido.
Está há mais de 40 anos deixando a pele no cinema, televisão, teatro e música, e a primeira coisa que as pessoas perguntam ou lhe contam são essas historinhas banais, em vez do seu lugar em filmes
de primeira grandeza, sob as ordens de cineastas como Clint Eastwood em Sobre Meninos e Lobos (2003) e Oliver Stone em JFK (1991).
prefere falar até de Footloose (1984), aquele filme sobre adolescentes que dançavam contra a normativa municipal e que foi seu primeiro e indelével sucesso (isso sim, continua pagando aos DJs para que não ponham a
canção de Kenny Loggins da trilha sonora quando o veem chegar). A fama cerca Kevin Bacon. E isso que caiu fora de Hollywood quando Footloose ainda era só uma das 10 melhores bilheterias do ano.
Ele queria ser “ator de personagens”, um sujeito respeitado. Recusou os protagonistas vazios e ficou com os coadjuvantes suculentos, uma estratégia que muitos chamariam de suicida, mas que lhe valeu tranquilidade pessoal e longevidade profissional.