Manifestações surgiram em várias cidades do Oriente Médio e do Norte da África na noite desta terça-feira, 17, após uma explosão em um hospital na Faixa de Gaza ter causado a morte de muitos civis. Houve protestos no Líbano, Jordânia, Tunísia, Turquia, Irã e na Cisjordânia, principalmente em frente às embaixadas de Israel e de seus aliados, como Estados Unidos e França.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo grupo terrorista Hamas, culpou o governo de Israel pelo incidente e afirmou que há pelo menos 500 mortos. O exército israelense afirmou que o hospital não era um alvo e atribuiu a responsabilidade à Jihad Islâmica, outro grupo palestino. Esse segundo grupo negou as acusações de Israel. Até agora, nenhuma das versões foi confirmada independentemente.
No Líbano, o grupo xiita libanês Hezbollah responsabilizou Israel pelo ataque e prometeu “um dia de fúria” na quarta-feira, dia da visita de Biden a Israel, em protesto.
No começo desta noite, o presidente americano Joe Biden embarcou para Israel, mas o seu encontro com o rei Abdullah II da Jordânia e os presidentes do Egito Abdel Fatah Al-Sisi e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas para discutir a crise em Gaza foi cancelado. A reunião do democrata como primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu está mantida.
Em paralelo, um encontro do Conselho de Segurança sobre a crise no Oriente Médio foi adiado para amanhã a pedido da Rússia e dos Emirados Árabes Unidos. Com isso, a reunião que estava prevista para esta noite para discutir uma resolução patrocinada pelo Brasil sobre o conflito e vinha sendo negociada desde ontem nos bastidores foi adiada.