O órgão de Saúde Pública identificou no mínimo 16 ocorrências de indivíduos que apresentaram alergia severa após receberem a vacina contra a dengue. Não houve óbitos. Essa informação está presente em um relatório elaborado pelos comitês encarregados de aconselhar o departamento em temas relacionados à imunização.
Conforme a ministra da Saúde, Nísia Trindade, as reações foram observadas em uma amostra de 365 mil doses administradas. Isso equivale a 0,00004% dos imunizados, e não há razão para alarme, assegurou a ministra. “Nossa equipe técnica está unânime de que os benefícios superam amplamente os riscos”, afirmou nesta sexta-feira (8).
Diante desse cenário, foram emitidas recomendações para as autoridades de saúde municipais e estaduais. A principal delas é realizar observação por 30 minutos após a vacinação para aqueles com histórico alérgico e por 15 minutos para os demais vacinados, independentemente da dose.
Em situações de reações não graves de hipersensibilidade após a primeira aplicação, segundo o comunicado técnico, a unidade de saúde deve conduzir avaliação clínica caso a caso para considerar a possibilidade de administração assistida da segunda dose.
Para outras vacinas após a da dengue, a orientação é aguardar um intervalo. Para vírus inativado, pode-se aplicar após 24 horas, enquanto para vacinas de vírus atenuado, deve-se esperar quatro semanas.
Conforme o documento, é imperativo “reforçar a adesão ao protocolo de manejo de casos de hipersensibilidade e anafilaxia nas instituições de saúde que realizam vacinação”.
Casos confirmados
O Ministério da Saúde já contabilizou 1.318.336 casos suspeitos de dengue em todo o Brasil. Até o momento, 343 pessoas perderam a vida, e outros 775 óbitos estão sob investigação.
Proporcionalmente à população, o Distrito Federal mantém a mais alta incidência da doença, com 121.433 casos.
AMPOST