O Ministério Público da Espanha pediu, nesta quinta-feira (23), que o jogador Daniel Alves seja condenado a nove anos de prisão por agressão sexual, conforme informado pela agência de notícias EFE. Além disso, a promotoria defende o pagamento de 150 mil euros (R$ 799,77) de indenização à mulher que acusa o atleta brasileiro de estuprá-la em um banheiro de uma casa noturna em Barcelona. O lateral-direito afirma que teve relação sexual com a denunciante, mas diz que o ato foi consensual e nega a acusação.
O MP também quer o cumprimento de dez anos de liberdade vigiada, após o fim da pena em cárcere, e que ele seja proibido de se aproximar da vítima, assim como de se comunicar com ela, pelo mesmo período. Ainda de acordo com a EFE, a Justiça negou um novo pedido de liberdade provisória efetuado pela defesa do jogador, pois considera que existe risco de fuga, uma vez que o acusado detém um número elevado de recursos financeiros e poderia deixar o país. Também avalia que o julgamento está muito próximo.
O atleta, de 40 anos, está detido preventivamente desde janeiro no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona, após ser acusado do crime em dezembro de 2022. Deste então, ele tem aguardado o julgamento. Recentemente, o Tribunal de Barcelona encerrou a investigação e notificou as partes envolvidas, mas ainda não há data marcada para o início do julgamento, previsto para o final deste mês.
Durante sua prisão, o brasileiro alterou seu depoimento mais de uma vez, trocou de advogado e teve recursos negados para responder às acusações em liberdade. Além disso, iniciou um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que não foi adiante.
Relembre o caso
O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na boate Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu o depoimento da vítima.
No dia 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro que por muitos anos defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão de Daniel Alves no dia 20 de janeiro, uma sexta-feira, após prestar depoimento. O Juizado de Instrução 15 de Barcelona conduz a investigação. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava; depois, revelou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual.
AM Post