Em mais um avanço no processo de melhoria da assistência prestada às suas parturientes e recém-nascidos, a Maternidade Dr. Moura Tapajóz (MMT), da Prefeitura de Manaus, divulgou, oficialmente, nesta quarta-feira, 15/6, o primeiro “Protocolo de Indicações e Assistência na Cirurgia Cesariana” elaborado por uma maternidade no Amazonas. A construção do novo documento, baseado nas melhores e mais recentes evidências científicas nacionais e internacionais, é resultado de meses de discussão entre os profissionais da unidade e fruto de um extenso trabalho de estudo e pesquisa.
O protocolo objetiva garantir o alinhamento do atendimento prestado na maternidade e vem para subsidiar as decisões e a prática dos profissionais que atuam na assistência ao parto e nascimento na Maternidade Dr. Moura Tapajóz.
Representando o secretário municipal de Saúde, Djalma Coelho, a subsecretária municipal de Gestão da Saúde, Aldeniza Araújo de Souza, destacou que o protocolo de cesárea é um grande legado deixado por essa gestão para o município de Manaus. “O protocolo normatiza todas as questões sobre a cirurgia cesariana, dentro dos padrões científicos mais modernos, e deve ser um compromisso de cada um dos profissionais da unidade fazer valer esse instrumento, aplicar tudo que está estabelecido no documento para melhorarmos ainda mais a assistência e nossos indicadores”, avaliou a subsecretária.
A enfermeira obstetra Núbia Pereira da Cruz, diretora da MMT, explicou que a cirurgia cesariana deve ser indicada realmente apenas quando surge algum tipo de intercorrência, pois seu objetivo é salvar a vida da mãe e/ou do bebê em casos de complicações durante a gravidez ou durante o parto. “É importante que todos tenham em mente que a cesárea, como todo procedimento cirúrgico, não é isenta de riscos imediatos e de longo prazo, e, por isso, é associada a taxas muito maiores de morbimortalidade materna e infantil quando comparamos ao parto vaginal”.
O protocolo apresenta orientações sobre as indicações para a cirurgia cesariana, segundo o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo Ministério da Saúde, e pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O documento também aborda temas, como Preditores da Progressão do Trabalho de Parto; Acompanhante; Pré-Operatório; Preparo, Prevenção e Controle Pré-parto; Medidas de Prevenção e Controle Intraoperatório; Condutas Anestésicas; Cuidados Gerais da Técnica Cirúrgica; Assistência Pós-operatória; Fatores de Risco para Infecção Associada à Cirurgia Cesariana; Cuidado do Recém-Nascido (Peculiaridades da Operação Cesariana); Ligação Tubária; Materiais e Equipamentos Necessários; Material Necessário para Assistência ao Recém-nascido na Sala de Parto.
O protocolo ficará disponível para consulta no Portal da Secretaria Municipal de Saúde (https://semsa.manaus.am.gov.br/maternidade-moura-tapajoz). Em julho, serão iniciadas oficinas de capacitação para a institucionalização do documento com os 693 funcionários da maternidade. “Vários estudos de organismos nacionais e internacionais demonstram as vantagens de uma assistência ao parto que se efetive sem intervenções desnecessárias. Com o protocolo, objetivamos deixar bem claro para todos os profissionais em quais momentos a cirurgia é indicada e alcançar a diminuição no quantitativo de cesarianas desnecessárias, do adoecimento e das mortes evitáveis a partir da adoção de boas práticas na atenção ao parto e nascimento”, ressaltou uma das responsáveis pela elaboração do documento, a assistente social Loiana Melo.
Em 2020, a Maternidade Dr. Moura Tapajóz também foi a primeira maternidade do Amazonas a elaborar um Protocolo Assistencial de Parto e Nascimento.