O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou, na segunda-feira (11), Cíntia Mariano pelo homicídio da enteada Fernanda Cabral, e a tentativa de homicídio do irmão da jovem, Bruno Carvalho. A Promotoria pediu à Justiça a decretação da prisão preventiva (sem prazo) da acusada, que foi detida temporariamente.
De acordo com a denúncia, Cíntia agiu livre e conscientemente, com vontade de matar, envenenando a comida dos enteados. Fernanda morreu no dia 27 de março, depois de 13 dias internada após consumir comida feita pela madrasta. Já Bruno foi internado dois meses depois, em 15 de maio, com os mesmos sintomas da irmã, mas recebeu alta no dia 18.
Segundo a Promotoria, a manutenção da prisão é necessária para a garantia da ordem pública e a condução do processo, já que as testemunhas poderiam ser influenciadas pela acusada.
“Os crimes por ela praticados são extrema e concretamente graves e, por terem sido praticados em sequência, após curto intervalo, indicam a inclinação da demandada à prática delituosa, a qual oferece riscos à coletividade. (…) Os crimes foram praticados em âmbito familiar e a maioria das testemunhas poderia ser influenciada pela denunciada – sobretudo os seus filhos –, o que tumultuaria e colocaria em risco a integridade da instrução probatória.”
Durante a investigação, o celular de Cíntia foi apreendido e, após análises, a polícia identificou que ela buscou na internet “como apagar mensagens do WhatsApp”. Entretanto, a polícia conseguiu recuperar conversas entre a mulher e seus filhos, que demonstraram preocupação com o caso.
FONTE: R7