Em janeiro deste ano, recebi com surpresa uma notificação judicial. Um candidato derrotado do Partido Progressista (PP) entrou com uma ação contra mim, contra o vereador eleito Jaildo (PV) e contra a candidata Jaqueline (PV), acusando-a de ser uma “candidata laranja”, usada apenas para cumprir a cota de 30% de mulheres.
Fiquei chocado, porque não sou dirigente partidário, não respondo pelo PT nem pela Federação, e não tive qualquer responsabilidade na formação das chapas. Mesmo assim, fui envolvido nessa tentativa absurda de deslegitimar uma eleição limpa.
Apresentei minha defesa e participei da audiência. Lá, a própria Jaqueline provou com clareza que sua candidatura era verdadeira. Mostrou seus materiais de campanha, suas ações nas comunidades, suas mensagens no WhatsApp, e explicou que recusou usar dinheiro de fundo eleitoral porque acredita na democracia direta e no voto consciente — tudo documentado em ata do PV.
E mais: mesmo sem a candidatura dela, a chapa já cumpria e até superava a cota de mulheres exigida por lei. Ou seja, não houve fraude alguma. Tanto o PT, quanto o PV e o PCdoB cumpriram rigorosamente a legislação.
A prestação de contas dela foi aprovada. As testemunhas confirmaram sua dedicação na campanha e sua frustração por não ter tido a votação esperada. Tudo foi esclarecido, tudo foi provado.
Mas o que nos causa indignação agora é a atitude de um membro do Ministério Público, que nem sequer participou da audiência, não ouviu os envolvidos, não ouviu as testemunhas, e mesmo assim se posicionou a favor do candidato derrotado — com base em mentiras e fake news.
Estão tentando, na marra, reverter o resultado das urnas. Querem tirar meu mandato porque estou incomodando, porque fiscalizo, porque cobro, porque não me calo diante dos abusos.
Mas sigo firme. A Justiça ainda não julgou, e confio que a verdade vai prevalecer. Não vão conseguir vencer no grito o que perderam no voto.