Close Menu
Fatos Amazonas
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Trending
    • Prefeitura de Manaus leva 15 escolas à etapa estadual da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
    • Deputada Mayra Dias reforça importância do aleitamento materno e ações de apoio às mães no Agosto Dourado
    • Em Benjamin Constant, Polícia Civil prende homem por abusar sexualmente de sua neta
    • Capoeira Angola movimenta o Centro Cultural Povos da Amazônia com aulas e rodas aberta ao público
    • TCE-AM determina devolução de R$ 2,7 milhões por ex-prefeito de Atalaia do Norte
    • Prodam leva experiência em segurança cibernética ao Secop 2025
    • Amazonas se destaca no Prêmio Nacional de Educação Fiscal com 38 projetos inscritos
    • Pesquisa do Procon Manaus aponta variação de preços da cesta básica em supermercados da capital
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube
    Fatos AmazonasFatos Amazonas
    • Início
      • Quem Somos
    • Manaus
      • famosos
      • Educação
      • Polícia
      • Política
      • Prefeitura de Manaus
      • Saúde
      • Tecnologia
      • Turismo
    • Amazonas
      • Governo do Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Esporte
    • Contato
    Fatos Amazonas
    Home»Política»Nova Política Nacional de Ordenamento Territorial quer prevenir conflitos no uso do território
    Política

    Nova Política Nacional de Ordenamento Territorial quer prevenir conflitos no uso do território

    Redação Fatos AMBy Redação Fatos AM5 de agosto de 2025Nenhum comentário5 Mins Read
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Em entrevista, diretor do MIDR explica proposta inédita de ordenamento territorial que chega à consulta pública


    Brasília (DF) – Em agosto, o Governo Federal colocará em consulta pública o decreto que cria a Política Nacional de Ordenamento Territorial (PNOT), iniciativa inédita no Brasil. A proposta busca organizar a ocupação e o uso do território nacional, prevenindo conflitos sociais, ambientais e econômicos. Para explicar como essa política pode impactar a vida da população, o diretor de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), João Mendes, falou à nossa reportagem.

    Qual a necessidade de criar uma política de ordenamento territorial?
    João Mendes – A Constituição Federal determina que a União faça a política de ordenamento territorial do Brasil. Somos um país grande e muito diverso do ponto de vista social, ambiental, econômico e cultural. Diferentes formas de ocupação do território geram conflitos. Além disso, diversas políticas públicas – como infraestrutura, desenvolvimento urbano, meio ambiente e ações voltadas a povos e comunidades tradicionais – atuam no território, mas muitas vezes sem dialogar entre si.

    Na prática, como a falta de ordenamento afeta a população?
    João Mendes – O exemplo clássico é o da Usina de Belo Monte, no Pará. Antes mesmo da obra começar, já havia conflitos com povos e comunidades tradicionais, como vimos nas audiências públicas tensas. Durante a implantação e até hoje, os impactos continuam: famílias foram reassentadas em locais que não reproduzem sua vida anterior. Não é só trocar uma casa por outra. O território envolve vizinhança, infraestrutura, relações de afeto e identidade. Quando isso é rompido, o custo social é enorme.
     

    O território vai além de um pedaço de terra?
    João Mendes – Com certeza. O território não é apenas o solo, mas o conjunto de relações que as pessoas estabelecem nele. Quem é deslocado perde muito mais que uma moradia: perde sua história, seu modo de vida, sua rede de apoio. Sem planejamento, grandes obras de infraestrutura – que também são necessárias – acabam gerando conflitos e custos sociais que poderiam ser evitados.
     

    Grandes obras são inevitáveis. Como compatibilizar o desenvolvimento com a vida no território?
    João Mendes – Nós não somos contra grandes obras. Pelo contrário: elas fazem parte do processo de desenvolvimento do país. Precisamos de energia, transporte e logística. Mas toda obra de grande porte tem impactos. É o caso da transposição do São Francisco, das ferrovias e rodovias, que percorrem centenas ou milhares de quilômetros, atravessando realidades sociais, ambientais e econômicas muito diferentes. O território já existe antes da obra chegar. Por isso, precisamos de estratégias que conciliem o crescimento econômico com a vida que já está ali, evitando conflitos e custos sociais desnecessários.
     

    A nova política vai interferir em outras políticas públicas já existentes?
    João Mendes – Não é essa a ideia. A PNOT não vem para mandar nas outras políticas, mas para servir como referência e oferecer instrumentos inovadores que ajudem a minimizar conflitos. Muitas vezes, os agentes privados que chegam ao território – como grandes produtores rurais, mineradoras ou empreendimentos de infraestrutura – são incentivados por políticas públicas. O que a PNOT propõe é garantir que essas diferentes presenças conversem entre si e com as comunidades locais. O Brasil é muito bem-sucedido na agricultura em larga escala, mas também temos pequenos agricultores e comunidades tradicionais que precisam ser respeitados. Ordenamento territorial é sobre equilibrar essas forças.
     

    Na prática, como a PNOT vai funcionar em um território tão grande e complexo?
    João Mendes – Um dos pilares da política é o monitoramento do território. Hoje, muitas vezes, só nos damos conta de um problema quando o desastre já aconteceu, como vimos em afundamentos de bairros ou rompimentos de barragens. A PNOT prevê um sistema permanente para acompanhar grandes atividades econômicas – como mineração e pedreiras – e suas repercussões sociais, ambientais e urbanas. Temos no Brasil especialistas em geologia, recursos hídricos e gestão territorial que podem ajudar. Queremos transformar esse conhecimento em evidência incorporada à política pública, para prevenir riscos e orientar o desenvolvimento.
     

    Como o PNOT será utilziado pelo gestor municipal ou estadual?
    João Mendes – A PNOT deve ser uma norma de referência, tanto para o Governo Federal quanto para estados e municípios. Ela propõe novas formas de ação sobre o território, como a avaliação de impactos territoriais de grandes projetos. Mesmo que a obra seja federal ou de uma grande empresa, é fundamental antecipar riscos e formalizar instrumentos de cooperação para evitar problemas futuros. Além disso, os instrumentos da PNOT poderão ser usados pelos entes federados como boas práticas de gestão territorial, ajudando prefeitos e governadores a tomarem decisões mais seguras e planejadas.
     

    Que instrumentos vão compor essa política?
    João Mendes – A PNOT terá oito instrumentos principais:

    Avaliação de Impacto Territorial Participativo

    Diagnóstico Territorial Integrado Nacional

    Diretrizes Territoriais Nacionais

    Pactos e Agendas Territoriais Temáticas

    Instrumentos de Coordenação e Compatibilização Territorial

    Protocolos de Cooperação

    Sistema Nacional de Informação Territorial, com indicadores, painéis e dados abertos

    Relatório de Situação Territorial, produzido por uma instância técnica federal e com participação da sociedade por meio de um observatório

    Além disso, teremos uma rede de aprendizagem para capacitar gestores públicos, em parceria com escolas de governo como a Enap, para disseminar o tema do ordenamento territorial no país inteiro.
     

    O que é a PNOT

    A Política Nacional de Ordenamento Territorial (PNOT) é uma iniciativa inédita do Governo Federal para organizar o uso do território brasileiro, prevenindo conflitos sociais, ambientais e econômicos. Ela atua como política de referência, articulando outras políticas públicas e propondo instrumentos de monitoramento, diagnóstico e participação social.

    Em agosto, o decreto que institui a PNOT será colocado em consulta pública, permitindo que gestores, especialistas e cidadãos contribuam para a construção dessa política que busca conciliar desenvolvimento econômico e qualidade de vida.

    Compartilhe isso:

    • Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
    • Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)

    Relacionado

    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn WhatsApp Reddit Tumblr Email
    Redação Fatos AM
    • Website

    Related Posts

    Deputada Mayra Dias reforça importância do aleitamento materno e ações de apoio às mães no Agosto Dourado

    5 de agosto de 2025

    TCE-AM determina devolução de R$ 2,7 milhões por ex-prefeito de Atalaia do Norte

    5 de agosto de 2025

    Crédito de US$ 750 milhões para empresas na Amazônia avança no Senado; proposta é defendida por Eduardo Braga

    5 de agosto de 2025
    Leave A Reply Cancel Reply

    Nossas Redes
    • Facebook
    • Twitter
    • Instagram
    • YouTube
    Publicidade
    Demo
    Comentários
      Fatos Amazonas
      Facebook X (Twitter) Instagram
      © 2025 FatosAM. Todos os direitos reservados. Mantido por Jota Conecta

      Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.