A justiça recebeu nesta quinta-feira (16) a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que acusa jogadores e integrantes de um grupo criminoso de atuarem para manipular resultados de partidas da série B do Campeonato Brasileiro do ano passado.
Além de Romário (ex-Vila Nova), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa e hoje no Cuiabá), Joseph (Tombense) e Gabriel Domingos (Vila Nova), mais quatro atletas foram citados e também se tornaram réus.
Os outros jogadores que estariam envolvidos no esquema são: Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã), André Luiz (ex-Sampaio Corrêa e hoje no Ituano) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa e hoje no Operário-PR).
Com exceção de Romário, todos os jogadores irão responder pelo artigo 41-C do Estatudo do Torcedor, que fala em “solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva”, que prevê de dois a seis anos de prisão além de pagamento de multa.
Já o ex-atleta do Vila Nova irá responder pelo artigo 41-D, que fala em “Dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva”, e tem a mesma penalidade.
Segundo detalhou o MPGO, a Operação Penalidade Máxima descobriu que a organização criminosa abordava os atletas com “elevados valores financeiros” — em torno de R$ 150 mil para cada atleta, com um adiantamento de R$ 10 mil — pedindo para que eles manipulassem situações de jogo.
Entre os pedidos feitos, estavam cometer pênaltis no primeiro tempo, levar cartão amarelo ou vermelho no decorrer do jogo e estabelecer uma diferença de gols na primeira etapa.
A manipulação tinha como intenção gerar lucros expressivos para os beneficiados, que apostavam nas situações em casas on-line de apostas esportivas.
Bruno Lopez de Moura é apontado como chefe da organização criminosa (Foto: Reprodução)
Apontado como líder do esquema, o empresário Bruno Lopez de Moura foi preso no dia 14 de fevereiro, quando a operação foi deflagrada, mas após cinco dias detido, foi solto após habeas corpus ser aceito.
Além de Bruno, Camila Silva da Motta, Ícaro Fernando Calixto do Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto e Allan Godoi dos Santos também viraram réus, e acusadas de terem feito parte da organização criminosa, que segundo a MP, já dpo desarticulada.
As evidências apontam que Luís Felipe, Victor e Zildo eram os responsáveis por contatar e aliciar os jogadores. Ao longo do processo, há uma série de capturas de telas de mensagens em aplicativos de mensagens que corroboram as denúncias.
Fonte: D24am