Durante a Reunião Nacional de Coordenações de Programas de Controle de Tuberculose, realizada dias 17 e 18 de outubro, em Brasília (DF), a Prefeitura de Manaus, por meio do Núcleo de Controle da Tuberculose, recebeu certificado de menção honrosa como reconhecimento por alcançar o maior percentual, entre as capitais brasileiras, na utilização do esquema de medicamentos com Isoniazida e Rifapentina (3HP) para prevenção da tuberculose.
A Reunião, promovida pelo Ministério da Saúde, ocorre anualmente com a participação de profissionais que atuam no combate à tuberculose nas redes estaduais e municipais de saúde do Brasil, com o objetivo de promover a discussão de estratégias de prevenção, de adesão ao tratamento e diagnóstico da tuberculose, assim como atualizações realizadas pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) e as perspectivas para o ano de 2024.
O chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Alexandre Inomata, explicou que o certificado de menção honrosa foi entregue pela coordenação-geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas (CGTM/Ministério da Saúde), e levou em consideração o trabalho realizado no período de agosto de 2021 a agosto de 2023, apontando um resultado positivo do fortalecimento das ações de acompanhamento dos contatos dos pacientes com tuberculose ativa e do tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB).
“O esquema de medicamentos utilizando Isoniazida e Rifapentina (3HP) representa um tratamento para ILTB que é realizado em um tempo mais curto. Em três meses de tratamento são 12 doses, com o paciente tomando uma dose por semana. Essa diminuição significativa de doses garante melhor adesão, com menos efeitos adversos e contribui para a efetividade no tratamento”, informou Alexandre.
Outra vantagem do esquema de medicamentos, segundo Alexandre, é a redução de custos referentes ao armazenamento e à distribuição dos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS). “Manaus conseguiu utilizar um percentual maior desse esquema de tratamento. O antigo esquema, que ainda está disponível, é feito em um período de nove meses com doses diárias de medicamentos no tratamento”, esclareceu Alexandre Inomata.
Durante a Reunião, a Semsa também participou da discussão na Mesa Temática “Vigilância da Tuberculose”, quando Alexandre Inomata realizou uma apresentação sobre a “Vigilância do óbito com menção de tuberculose em Manaus: Avanços e Desafios”.
Como explicou Alexandre Inomata, a vigilância do óbito por tuberculose em Manaus envolve o Núcleo de Controle da Tuberculose, os responsáveis técnicos dos Distritos de Saúde (Norte, Sul, Leste, Oeste e Rural), a gestão do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), Unidades de Saúde, profissionais da Atenção Primária à Saúde e dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NVEH) ou a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
“Manaus segue a recomendação do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, em que o óbito com menção de tuberculose nas causas de morte deve ser identificado e investigado, seguindo as diretrizes e metas para vigilância do óbito pela doença”, informou Alexandre Inomata.
Em 2022, Manaus registrou 2.658 casos novos de tuberculose e 133 óbitos. Este ano, foram registrados 2.127 casos novos e 99 óbitos. A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, conhecida como bacilo de Koch.
A transmissão da tuberculose ocorre quando, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa, ainda sem tratamento, lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, podendo transmitir a doença para outras pessoas.
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Texto – Eurivânia Galúcio /Semsa