O padre Júlio Lancellotti, de 35 anos, respondeu às recentes denúncias de assédio sexual que foram alvo de investigação por parte da Arquidiocese de São Paulo. Em uma declaração à Folha de S.Paulo na noite desta segunda-feira, 5, Lancellotti afirmou que as acusações são “completamente falsas, inverídicas” e confia que as apurações conduzidas pela Arquidiocese esclarecerão os fatos.
As denúncias surgiram após relatos de possíveis abusos cometidos pelo pároco e novos laudos periciais. Lancellotti negou veementemente as acusações, afirmando que são parte de uma “rede de desinformação” que mascara interesses políticos e econômicos. Ele enfatizou que seu trabalho é dedicado à luta pelos desamparados e pelo povo de rua.
Desde o início do caso, o padre não respondeu às mensagens da mídia Oeste, mantendo-se recluso. Em sua nota à Folha, Lancellotti refutou as acusações e expressou sua firme esperança em um futuro onde o ódio aos pobres seja erradicado.
As denúncias contra o padre surgiram em janeiro deste ano, quando peritos atestaram a veracidade de um vídeo que mostrava Lancellotti se masturbando para um menor de idade em 2019. Essa revelação levou à abertura de investigações pela Arquidiocese de São Paulo e envolveu diversos órgãos, incluindo o Ministério Público, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Vaticano.
Além disso, recentemente, o jornalista Cristiano Gomes, de 48 anos, afirmou em entrevista exclusiva à mídia Oeste que foi vítima de assédio sexual pelo padre em 1987, quando era coroinha na Paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, zona leste de São Paulo.
A mais recente reviravolta no caso veio com a mudança de posição do perito Mario Gazziro, contratado pela revista Fórum para analisar as imagens pornográficas. Gazziro descartou a validade da perícia anterior e propôs uma nova teoria, sugerindo que criminosos teriam contratado um sósia do padre para gravar as cenas.
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