Segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (6), 60% dos cidadãos brasileiros consideram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exagerou ao equiparar os eventos na Faixa de Gaza às ações do ditador nazista Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
Outros 28% afirmam que Lula não exagerou, enquanto 12% não souberam ou não responderam. A pesquisa, realizada presencialmente entre os dias 25 e 27 de fevereiro, ouviu 2.000 pessoas, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos e um nível de confiança de 95%.
Em relação ao voto em 2022, entre os eleitores que escolheram Lula, 43% acreditam que o presidente exagerou, enquanto 45% pensam o contrário. Os que não souberam ou não responderam representam 12%. Já entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, 85% acreditam que Lula exagerou, 9% acham que não, e 6% não souberam ou não responderam.
Aqueles que votaram em branco, nulo ou não votaram opinaram da seguinte forma: 58% consideram que o chefe do Executivo exagerou, 25% pensam o contrário, e 17% não souberam ou não responderam.
No âmbito religioso, entre os católicos, 57% afirmam que Lula exagerou, 33% discordam, e 10% não souberam ou não responderam. Já entre os evangélicos, 69% acreditam que houve exagero, 19% discordam, e 12% não souberam ou não responderam. Nas demais religiões, 61% acham que o presidente exagerou, 32% discordam, e 7% não souberam ou não responderam. Entre os que não têm religião, 55% afirmam que houve exagero, 32% discordam, e 13% não souberam ou não responderam.
No que diz respeito à aprovação do trabalho de Lula, entre aqueles que acreditam que o presidente exagerou, 38% aprovam seu trabalho, 60% desaprovam, e 2% não souberam ou não responderam. Por outro lado, entre os que não consideram que houve exagero, 78% aprovam o trabalho do presidente, 21% desaprovam, e 1% não souberam ou não responderam.
O caso se refere às declarações de Lula em 18 de fevereiro, quando afirmou que o que estava ocorrendo na Faixa de Gaza não era uma guerra, mas um genocídio, comparando-o às ações de Hitler contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Essas observações foram feitas durante uma coletiva de imprensa na conclusão de sua viagem à Etiópia, enquanto respondia a uma pergunta sobre o apoio financeiro de seu governo à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) durante o conflito no Oriente Médio em outubro de 2023.
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