Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Civil de Goiás revelou que o envenenamento que resultou nas mortes de Leonardo Pereira Alves, 58 anos, e de sua mãe, Luzia Alves, 86 anos, não foi causado por pesticidas, como inicialmente suspeitado. O incidente ocorreu após um café da manhã na casa das vítimas, onde a ex-nora de Leonardo, a advogada Amanda Partata, é a principal suspeita.
O envenenamento deixou a população perplexa, principalmente devido à gravidade dos sintomas apresentados pelas vítimas, incluindo vômitos, diarreia e dores abdominais. A Polícia Civil agora direciona suas investigações para identificar outras substâncias que possam ter causado a morte de mãe e filho.
A advogada Amanda Partata, de 31 anos, ex-namorada do filho de Leonardo, tornou-se a principal suspeita do duplo homicídio. A polícia alega que o crime foi motivado por uma sensação de rejeição após o término do relacionamento. Amanda foi presa temporariamente na noite de quarta-feira (20/12) e passou pela audiência de custódia na quinta-feira (21/12), onde negou a autoria do crime.
Em coletiva de imprensa realizada no último dia 21, o perito criminal Olegário Augusto, membro da Polícia Científica, destacou que a ausência de pesticidas foi confirmada após uma pesquisa inicial, que descartou cerca de 300 substâncias. Olegário enfatizou que os pesticidas, por serem moléculas maiores, são geralmente mais fáceis de serem detectados.
Os advogados de Amanda Partata contestam a legalidade da prisão, enfatizando que a suspeita se apresentou voluntariamente à delegacia, colaborou com a polícia, entregou documentos e informou sobre sua localização e estado de saúde. Eles afirmam que aguardarão o desenrolar das investigações antes de fazerem comentários sobre as acusações.
O caso começou a ser investigado em 18 de dezembro, após a morte de Leonardo. A esposa da vítima relatou que o marido passou mal após consumir um doce durante o café da manhã, que também foi compartilhado pela advogada Amanda e pela própria vítima. Leonardo e Luzia foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas não resistiram.
Uma foto mostra Amanda sorrindo ao lado da mesa de café da manhã no dia do incidente. O delegado Carlos Alfama, responsável pela apuração, sugere que o veneno foi colocado no suco servido às vítimas. A polícia afirma que Amanda esteve na casa entre 9h e 12h, levando um café da manhã com diversos alimentos, incluindo bolos de uma famosa doceria local. O delegado destaca que apenas o marido de Luzia não consumiu o café da manhã. A investigação prossegue para esclarecer os detalhes desse trágico episódio.
AM Post