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    Saúde

    Por que 59% dos brasileiros conhecem uma vítima de estupro, mas não um estuprador?

    Redação Fatos AMBy Redação Fatos AM9 de outubro de 2025Nenhum comentário4 Mins Read
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    Especialista explica os mecanismos que expõem a vítima e invisibiliza os predadores sexuais
     

    Quinze por cento das mulheres no Brasil afirmam já ter sido estupradas, e 59% da população conhecem alguém que sofreu violência sexual. Os números, divulgados pelos Institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, levantam uma questão incômoda: se tantos conhecem uma vítima, por que quase ninguém admite conhecer um agressor?
     

    A resposta para essa aparente contradição está na natureza do crime e nos estereótipos que o cercam. O estupro é um crime silencioso, praticado sem testemunhas, entre quatro paredes ou até em ambientes supostamente seguros, como dentro de casa. Essa dinâmica não só cala as vítimas, como torna o criminoso invisível. “A maioria das pessoas ainda carrega o estereótipo de que o criminoso sexual é um monstro, alguém distante de seu convívio”, explica a advogada criminalista Mariana Rieping, especialista em crimes de gênero e membra da Comissão Especial de Combate à Violência Doméstica do Conselho Federal da OAB. “Na realidade, ele pode ser qualquer um, desde o vizinho ‘gente boa’, o colega de trabalho educado, culto e bem-sucedido e o amigo que frequenta os mesmos lugares que nós”.
     

    Segundo a advogada, a aparência comum faz com que raramente se suspeite do perigo, mesmo quando há sinais. “Por não se encaixar no imaginário de um criminoso, ele se esconde atrás dessa máscara de normalidade e segue invisível. Esse é um dos principais motivos pelos quais a conta não fecha”, destaca Rieping.
     

    O medo que cala a denúncia

    O silêncio de muitas vítimas está enraizado no medo, especialmente quando o agressor faz parte do seu próprio convívio. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 65,7% dos casos de estupro de vulnerável ocorreram dentro de casa. Em 45,5% dos casos, o agressor era um familiar, enquanto 20,3% dos ataques foram cometidos por parceiros ou ex-parceiros. “O lar ainda é o espaço mais perigoso para milhares de mulheres e crianças”, comenta a advogada.
     

    Quando o abusador está dentro de casa ou no círculo de confiança, ele frequentemente exerce poder ou autoridade sobre a vítima. Muitos agressores manipulam, seduzem ou se aproveitam da vulnerabilidade. Essa é uma das razões que explicam por que o despertar para o abuso, em muitos casos, só ocorre na vida adulta, já com traumas profundos instalados.

    Machismo institucional

    A falta de confiança nas instituições, a insegurança quanto ao sistema de justiça e o pavor do julgamento social são outros fatores que podem silenciar as vítimas. A advogada lembra que, embora a lei garanta sigilo, brechas e preconceito ainda expõem as mulheres. “Assim como existe o estereótipo do abusador, há a ideia da ‘vítima perfeita’, ou seja, aquela pessoa submissa. Quando uma mulher denuncia e busca justiça, começam os questionamentos sobre seu comportamento, o seu passado e até sobre a roupa que ela estava usando ou o que ela poderia ter feito para provocar o abusador”, afirma. Ao revitimizar as mulheres, essa estrutura machista pode reforçar a invisibilidade do criminoso.

    Onde se escondem os lobos?

    Se os agressores se camuflam tão bem, como identificá-los? O segredo pode não estar no comportamento deles, mas nos sinais emitidos pelas vítimas. Estar atento a mudanças de comportamento é o primeiro passo para perceber que algo está errado.
    “É importante rompermos o silêncio e, mais do que isso, acolhermos as vítimas. Muitas mulheres permanecem em silêncio, presas à culpa e ao medo de serem julgadas e de não receberem o amparo necessário”, finaliza a especialista.

    Como identificar os sinais: fique atento a mudanças no comportamento
    Vítimas de abuso nem sempre verbalizam o que está acontecendo, mas frequentemente demonstram sinais de que algo está errado. Observar com atenção é o primeiro passo para oferecer ajuda. Alguns dos sinais mais comuns são:

    Mudanças Emocionais e Comportamentais
    – Ansiedade, depressão ou crises de choro sem motivo aparente.
    – Agressividade, irritabilidade ou hostilidade repentinas.
    Medo excessivo de pessoas, lugares específicos ou de ficar sozinho.
    – Regressão a comportamentos infantis (em crianças e adolescentes).Isolamento e Mudanças Sociais
    – Afastamento repentino de amigos, familiares e de atividades que antes gostava.
    – Queda brusca no rendimento escolar ou profissional.
    – Recusa explícita ou medo de frequentar a casa de um parente, ou amigo específico.
     Sinais Físicos e Psicossomáticos
    – Distúrbios do sono (insônia ou sono excessivo).
    – Alterações no apetite (comer muito mais ou muito menos).
    – Queixas recorrentes de dores de cabeça, estômago ou outras dores sem causa médica definida.
     

    O que fazer? 
    Ao notar um ou mais desses sinais, ofereça um ambiente seguro para a conversa, escute sem julgamentos e incentive a busca por ajuda profissional e canais de denúncia, como o Ligue 180.

    Fonte: Ministério da Saúde

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